A Medicinae Solutions, plataforma gratuita que auxilia clínicas e hospitais de pequeno porte a organizar suas informações de faturamento, pagamento e glosa dos planos de saúde, em operação há 6 meses, contabiliza cerca de 200 usuários. Já foram analisados R$ 65 milhões de faturamento com planos de saúde e R$ 1,7 milhão nos pagamentos particulares.
A previsão é chegar a mil clientes até o final de 2018, o que é até conservador, diante das indicações diárias de três clientes “no boca a boca”. O investimento inicial na fintech foi de R$ 2 milhões e os sócios já estão fazendo uma nova rodada de mais R$ 2,5 milhões.
Em média, os profissionais registraram um aumento de 20% de faturamento com o uso ferramenta, quando passam a olhar com mais cuidado as finanças do negócio. Os usuários também reduziram em 85% o tempo gasto com a gestão financeira. –
A ideia de desenvolver a Medicinae surgiu após seus idealizadores perceberem uma lacuna no processo de faturamento e de pagamento dos planos de saúde, e que o fator “falta de tempo” complicava ainda mais a situação (pesquisas apontam que especialistas da área médica trabalham entre 40 e 80 horas semanais e têm de dedicar 50% do tempo para resolver assuntos burocráticos).
Além de organizar fluxos de caixa e auxiliar no processo burocrático de pagamento de atendimentos particulares, de planos e de seguros de saúde, a Medicinae oferece a opção de antecipação de recebíveis, para que os profissionais de saúde tenham acesso ao dinheiro de suas consultas, procedimentos e/ou internações em poucos dias úteis, em vez de ter que esperar por até três meses. Recentemente, a empresa recebeu uma linha de crédito da Mais Saúde Crédito de R$ 15 milhões, que deve girar R$ 90 milhões em 12 meses.
Outra solução disponibilizada pela fintech é a maquininha Medicinae, que permite o recebimento pelas consultas particulares via cartão de débito e crédito. Muitos médicos recebem o pagamento em cheque, o que aumenta a chance de inadimplência. Em algumas especialidades, índice de cheques sem fundos chega a 30%. Além de reduzir a zero a inadimplência com cheques, a possibilidade de oferecer o pagamento parcelado aos pacientes pode gerar um aumento de 20% a 40% no faturamento.