Considerada uma das doenças mais incapacitantes aos seres humanos, principalmente pelo fato de atingir articulações importantes como as do joelho e dificultar a locomoção, a artrose acontece em virtude da degeneração das cartilagens presentes entre as extremidades ósseas. Seu avanço se torna nítido, pois comumente vem acompanhado de fortes dores, inchaço, rigidez nas regiões afetadas e impossibilidade de realizar até mesmo as atividades mais comuns do dia a dia. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2015 já havia 15 milhões de brasileiros acometidos pela doença — número que se expande por conta do envelhecimento da população, condições e hábitos de vida prejudiciais à saúde.
Assim como outras doenças, a artrose não é causada por um fator único. Em casos primários, ela é identificada em pacientes idosos, à medida que a articulação também envelhece. Já a artrose secundária é motivada por outros fatores como obesidade e excesso de exercícios físicos de alto impacto e repetitivos, que levam ao desgaste precoce da articulação do joelho. O gênero também influencia na incidência dos casos, sendo as mulheres as mais atingidas, especialmente, pela diminuição do hormônio estrogênio na fase da menopausa. Fatores hereditários, tabagismo, deformidades ósseas e algumas doenças como diabetes, gota e hipotireoidismo aumentam a predisposição à artrose.
Inovação nos tratamentos
Em estágios iniciais, os tratamentos paliativos costumam ser aplicados a esses pacientes. Medidas como o uso de medicamentos que aliviam os sintomas (anti-inflamatórios, analgésicos, pomadas e infiltrações), a realização de fisioterapia (com recursos térmicos, aparelhos e exercícios), o repouso e a perda de peso podem auxiliar no convívio com o problema, durante os primeiros anos.
Em casos avançados, ou severos, a única alternativa para contornar a doença é a cirurgia de substituição da articulação por próteses ortopédicas. A boa notícia é que com o advento da robótica, esses procedimentos estão cada vez mais precisos, menos traumáticos, requerem menor uso de medicamentos e a recuperação desses pacientes tornou-se muito mais rápida e menos dolorosa.
Trazido ao Brasil pela Zimmer Biomet, especializada em saúde musculoesquelética, o robô Rosa Knee System, já ultrapassou o marco de mais de 1. 500 cirurgias realizadas, em um curto espaço de dois anos. Composto por um sistema integrado, específico para cirurgias de substituição do joelho por próteses ortopédicas, a plataforma já está disponível em 18 hospitais, de oito estados e dez diferentes cidades do país, em localidades como São Paulo (capital e São José do Rio Preto), Rio de Janeiro, Salvador, Pernambuco, Belo Horizonte, Curitiba e Londrina (a primeira cidade não capital a receber a tecnologia), Brasília e Porto Alegre.
“Entendemos que para a expansão dessa tecnologia, precisamos de médicos especialistas que saibam operar com o apoio de robôs como o Rosa. Para atingir nosso compromisso de saúde estabelecido com os pacientes do Brasil, seguimos investindo em programas que capacitem esses profissionais, pois, desta forma, a robótica poderá estar presente em cada vez mais localidades do país. Já treinamos e certificamos aproximadamente 200 médicos ortopedistas para que estejam aptos a operar com o auxílio da plataforma e devolver a mobilidade a milhares de brasileiros”, declara Leonardo Moraes, gerente geral da Zimmer Biomet no Brasil.