Mapeamento avalia mais de 350 variações genéticas e identifica dados além da saúde

O DNA humano é composto por 46 cromossomos que, juntos, retêm as informações genéticas de cada ser humano. Atualmente, existem empresas como a DNA Club, healthtech de análise e mapeamento genético do Grupo DNA, que se tornaram referência ao realizar o mapeamento genético de cada indivíduo com o objetivo de auxiliar nos cuidados gerais da saúde, além de fornecer informações sobre propensões a doenças, comportamentos psicológicos e até cuidados com a pele. No entanto, mais do que questões voltadas à saúde, o exame hoje possibilita às pessoas conhecerem melhor seu corpo e mente, adquirindo um autoconhecimento extremamente detalhado.

Até por sua capacidade de trazer informações tão valiosas, há cada vez mais brasileiros realizando este tipo de exame. Dados da DNA Club apontam que no primeiro semestre deste ano a demanda por mapeamento genético cresceu 83% em relação ao mesmo período de 2021. Além disso, o ticket médio cresceu 43% de 2021 para 2022 e a receita total do primeiro semestre cresceu 101% em relação a todo o ano de 2021.

“Hoje já temos exames que analisam mais de 350 variações genéticas. Ele traz informações sobre propensões genéticas relacionadas a nutrição e metabolismo, condições clínicas, performance atlética, saúde mental, estética, dermatologia, ancestralidade e curiosidades genéticas. Dentro desse último escopo, é possível avaliar pontos como a tendência para apresentar empatia, otimismo, extroversão, irritabilidade, a aptidão pela busca por novidades, entre outros pontos interessantes”, explica Euclides Matheucci Jr., Diretor Científico do Grupo DNA e Professor e Orientador do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Ainda segundo o especialista, o exame fornece ainda dados relevantes no que diz respeito ao gosto pessoal do indivíduo diante de alguns tipos de alimentos. “Dependendo da variação genética que a pessoa apresenta em alguns genes específicos relacionados ao paladar, o examinado pode perceber com maior ou menor intensidade os sabores doces, amargos e azedos. Essa percepção pode ser relacionada ao incômodo que o indivíduo sente quando é exposto a algum sabor a qual não tem adaptação. Com isso, é possível perceber se ele tende a ter uma visão positiva ou negativa sobre determinados alimentos”, explica Matheucci.

Dessa forma, se torna possível ponderar se a pessoa deverá gostar ou não de alimentos com gostos singulares, como café e chá, ter a propensão a ser tabagista, preferência por bebidas alcóolicas, disposição por consumo a alimentos fritos e maior ingestão de carboidratos ou a “beliscar” durante o dia, entre outras curiosidades.

Além das características alimentares e digestivas, o mapeamento genético consegue também sintetizar informações interessantes relacionadas aos períodos do dia em que o examinado apresenta melhor rendimento físico e mental.

“O mapeamento genético realizado pela DNA Club analisa dois genes relacionados ao ciclo circadiano que mostram se o indivíduo apresenta melhor adaptação, por exemplo, a rotinas matinais, vespertinas ou noturnas. Além disso, outros genes relacionados à sensibilidade ao estresse, susceptibilidade a ficar exausto com o trabalho, entre outros também podem ser observados pelo exame”, conclui o especialista.

Onde fazer?

Para realizar o mapeamento genético basta buscar uma das empresas existentes no Brasil, como a DNA Club. A aquisição do kit da DNA Club é feita de forma online, por meio do site https://www.dnaclub.com.br/. Após a aquisição, o kit chega até a residência e a coleta é simples e indolor, sendo realizado por meio do swab bucal, onde é necessário esfregar o cotonete estéril, desenvolvido especialmente para coletar células da mucosa bucal, na parte interior da bochecha por 30 segundos.

Após a coleta, o kit deve ser enviado via correio à empresa, que faz então o mapeamento genético e elaboração do laudo. Após a finalização, o resultado é encaminhado ao paciente por e-mail e correspondência.

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