O Insper, uma das principais instituições de ensino superior e pesquisa do Brasil, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o maior complexo hospitalar da América Latina, por meio do seu núcleo de inovação (InovaHC), e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência em serviços de saúde de alta complexidade, anunciam a criação de um consórcio para a promoção de inovações tecnológicas na área da saúde. O evento de lançamento da parceria foi formalizado nesta terça-feira, 28, na sede do Insper, em São Paulo.
A união entre as instituições pretende integrar as experiências em inovação de um hospital público (HCFMUSP), um hospital privado (Hospital Alemão Oswaldo Cruz) e das áreas de engenharia e negócios do Insper para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para problemas da saúde. “Com a promoção do conceito open innovation, damos um grande passo para o setor de saúde, que valoriza parcerias estratégicas. A medicina e a engenharia podem caminhar juntas e pretendemos estimular, acelerar processos e capacitar profissionais para a utilização de novas ferramentas”, afirma Carlos Valente, professor e coordenador do curso de Engenharia Mecânica do Insper.
Foram destacadas cinco áreas estratégicas para o projeto conjunto: economia em saúde, gestão e análise de dados em saúde, conectividade em 5G (operação remota de exames e ambiente de testes), bioengenharia e uma ampla frente educacional e de capacitação (gestão hospitalar e treinamento para o uso de novas ferramentas) decorrente dos conhecimentos gerados pelos projetos inovadores do consórcio.
A parceria prevê a expansão de um modelo de operação remota de exames (como tomografia e ressonância magnética), projeto piloto que já acontece hoje, promovido pelo InovaHC. A expansão irá se valer da rede de 5G em OpenRan, disponível no HCFMUSP. “Esse projeto contará com o apoio do Hospital Alemão Oswaldo Cruz para operar remotamente os aparelhos do complexo do HCFMUSP e com a expertise em negócios do Insper para elaboração de um modelo de negócios escalável, com o objetivo de facilitar o acesso à saúde qualificada no Brasil”, diz Valente.
O projeto piloto com o 5G, por exemplo, pode ser um modelo viável não apenas para o sistema público de saúde, mas também para a saúde suplementar, por meio de iniciativas que envolvem as expertises de todas as instituições. Além dessa frente de atuação, outras alternativas poderão ser exploradas com o uso do 5G no futuro, como: cirurgia robótica, telemedicina (usando sensores, por exemplo), além de treinamento médico e assistencial.
Giovanni Cerri, presidente do conselho do InovaHC, destaca a importância das parcerias público-privadas e os ganhos para a sociedade. “Essa é uma das estratégias mais bem-sucedidas em saúde pública, pois podemos ver no dia a dia e, também, no longo prazo a contribuição para que os serviços de saúde no Brasil se tornem mais eficientes e acessíveis.”
“Participar de um consórcio com duas outras renomadas Instituições brasileiras reforça o compromisso que temos em olhar para o futuro da saúde em prol da sociedade”, afirma José Marcelo A. de Oliveira, médico e diretor-presidente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Segundo o executivo, “há 125 anos atuamos com o intuito de contribuir para o avanço sistêmico da saúde, disseminando a nossa forma de cuidar, que tanto nos diferencia no mercado”. “Comprometidos em influenciar positivamente o setor, temos buscado compartilhar cada vez mais conhecimento e tecnologia, ultrapassando os muros do Hospital, além de ofertar recursos para que outros profissionais e instituições possam se inspirar em nossas experiências.”