Um white paper recente publicado pela Frost & Sullivan e Canon Medical Informatics indica que as instituições de saúde estão cada vez mais adotando soluções de TI escaláveis e sistemas de diagnóstico por imagem para impulsionar a transformação digital, que passou a ganhar destaque nas estratégias corporativas em decorrência da pandemia de Covid-19.
De acordo com um comunicado de imprensa publicado junto com o white paper, a digitalização da saúde e as soluções de imagem médicas tiveram avanços significativos nos últimos anos, devido principalmente aos vários desafios impostos aos sistemas de saúde pela pandemia, incluindo aqueles relacionados ao uso, troca, interoperabilidade, escalabilidade e acessibilidade de dados. E a ênfase das instituições de saúde na transformação digital, para superar os desafios, catalisaram investimentos, particularmente no que diz respeito a sistemas de imagem e de TI em nível empresarial, enfatiza o white paper.
“A pandemia de Covid-19 forneceu um vislumbre do enorme potencial da transformação digital na área da saúde”, disse Larry Sitka, vice-presidente de aplicativos corporativos da Canon Medical Informatics, no comunicado à imprensa. “As organizações de saúde agora reconhecem que a imagiologia corporativa é imperativa na prestação de cuidados [com a saúde], que pode não apenas melhorar a qualidade do atendimento e o desempenho financeiro, mas também oferecer maior satisfação ao paciente, equipe e provedor.”
O white paper observa que muitos sistemas de saúde estão atualmente mudando de sistemas de comunicação e arquivamento de imagens (PACS) individuais para soluções de imagem corporativas e de TI para melhorar a prestação dos serviços de saúde. Segundo o documento, para fazer essa transição com eficácia, os sistemas de saúde devem priorizar os dados encontrados nos EHRs (Electronic Health Records, ou registros eletrônicos de saúde) e outros sistemas e buscar estratégias de longo prazo para alavancar esses dados.
Além disso, os sistemas de saúde devem adotar ferramentas que abordem a eficiência e os fluxos de trabalho para ajudar para uma melhor tomada de decisão para o desempenho organizacional e a prestação de cuidados ao paciente. O comunicado de imprensa afirma que o big data/ analytics permite insights mais acionáveis sobre o bem-estar de um paciente e suporte de decisão para os médicos, o que pode levar a melhores resultados, maior velocidade de atendimento e precisão de diagnóstico.
“A estratégia certa de imagem e TI corporativa tem o potencial de prever tendências de saúde em nível populacional e individual a longo e curto prazo, ajudando os médicos a prevenir eventos adversos de saúde com medicina preventiva, exercícios ou nutrição. As inovações são parte integrante de um modelo de atendimento baseado em valor e reduzem os custos de saúde em geral”, disse Daniel Ruppar, diretor de consultoria de saúde e ciências da vida da Frost & Sullivan, no comunicado à imprensa. “A estratégia também permite a reconciliação entre os aspectos do fluxo de trabalho, mesclando as necessidades das linhas de serviço de imagem tradicionais com abordagens orientadas por dados e máquinas para fornecer uma nova maneira de trabalhar e operar em imagens.”
No entanto, lacunas nas decisões e processos de compra impedem que os sistemas de saúde aproveitem essas abordagens e alcancem a transformação digital. O white paper observa que as soluções de imagem corporativas pode ajudar a impulsionar essas eficiências por meio da tecnologia de arquivamento integrada a soluções PACS pré-existentes, que podem permitir análises de dados de imagem mais eficientes e permitir que os conjuntos de dados sejam efetivamente migrados no futuro. A estratégia também pode oferecer suporte à comunicação e colaboração seguras, permitir a apresentação de dados clínicos relevantes por meio de uma visão unificada do paciente e melhorar a satisfação do paciente e do profissional e os resultados de saúde.
O white paper destaca um conjunto de abordagens para abordar questões relacionadas à transformação digital da saúde, mas outras pesquisas destacam considerações adicionais. Em abril, um relatório da Morning Consult encomendado pela Innovaccer descobriu que, apesar de 95% dos executivos de saúde estarem focados na transformação digital, a falta de prontidão de dados os impede de fazer mudanças significativas.
O relatório indica que os problemas de interoperabilidade, juntamente com as preocupações financeiras e de pessoal, são um grande obstáculo para os sistemas de saúde, com 12% relatando que é uma barreira primária à inovação. Para resolver isso, o relatório recomenda uma abordagem de ‘prontidão de dados primeiro’ para ajudar a unificar sistemas desconectados e derrubar silos de dados para tornar os dados de saúde mais completos e acionáveis.