Pesquisa aponta as principais causas de urgências médicas

A ASSIST CARD, empresa do segmento de seguro viagem no Brasil, realizou um levantamento a nível global sobre as assistências mais oferecidas, assim como as nacionalidades que mais as solicitaram e os destinos onde houve mais consultas.

Além disso, o estudo aponta quão importante é entender sobre as diferentes coberturas dos países de destino. Por exemplo, os custos por uma fratura na perna com internação e uma cirurgia são muito diferentes se acontece nos Estados Unidos ou no Brasil. No primeiro caso, as cifras chegam a mais de 110 mil dólares enquanto que no segundo o montante é de 10 mil dólares.

De julho de 2018 a junho de 2019, foram processados um total de 180.868 casos dos quais 81,4% (147.163 casos) corresponderam a assistências médicas.

Quais são as doenças mais atendidas?

No ano analisado, a maior quantidade de assistências médicas solicitadas pelos viajantes à ASSIST CARD, a nível global, esteve vinculada a problemas gastrointestinais. Estas consultas representaram 24,2% (35.613 casos) e, como afirma a Liz Bichara, Gerente do Departamento Médico da ASSIST CARD Internacional, incluem problemas que vão desde a ‘diarréia do viajante’ até uma peritonite.

Em segundo lugar, estão as consultas de problemas dermatológicos, que estão relacionadas à pele. Estas representam 19,1% (28.108 casos) e incluem doenças como dermatite atópica, urticária, bolhas, infecções por fungos e/ou câncer de pele pela exposição solar sem proteção, entre outras.

As consultas por sintomas otorrinolaringológicos, como doenças que afetam as vias respiratórias, voz, audição, fala e os seios paranasais, ocupam o terceiro lugar. Nesta linha, as doenças de ouvido e seus estados mais severos, como perda da audição e perfuração do tímpano, entre outras manifestações, representam 13,5% (19.867 casos).

Fecham o Top 5 de problemas de saúde mais atendidos as traumatologias, com 10% (14.716 casos) e as odontológicas, com 6% (8.829 casos). No primeiro caso, figuram os entorses, luxações, fraturas e traumatismos; no segundo aparecem doenças como pulpite, catarro dentário e até perda de dentes.

Quais foram os locais que mais solicitaram assistência médica?

O estudo também identificou que o destino onde mais assistências médicas foram oferecidas durante o período analisado foram Estados Unidos, com 16,8% (24.681 casos). Logo em seguida estavam Espanha (10,9%), Brasil (8,1%), Argentina (7,1%), México (6%), Colômbia (4,6%), República Dominicana (4,4%), Austrália (4,2%), Cuba (2,8%) e Peru (2,6%), que encerraram o top 10.

É importante destacar que para entrar em alguns dos países mencionados anteriormente, é obrigatório contar com um seguro de viagem. No caso de Cuba que, desde maio de 2010, exige que os turistas contratem um plano de seguro com a finalidade de preservar seu bem-estar e garantir sua atenção diante de qualquer inconveniente. O mesmo acontece na Espanha, país que integra o Tratado Schengen, que exige que os viajantes precisam de um seguro com uma cobertura acima de 30 mil euros e que possa cobrir os gastos com eventuais repatriações.

Quem solicitou mais assistência médica nas viagens?

A pesquisa revelou também que, do total de seguros médicos processados, os turistas latino-americanos foram os que mais solicitaram. No Top 10 de consultas estão oito países da região, sendo os argentinos que mais fizeram consultas com 26%. Em seguida estão os viajantes de Colômbia (16%), Brasil (14,8%), Chile (13,1%), Peru (6,1%) e Uruguai (4,3%). No meio figuram os turistas da Coreia do Sul (4%) e por fim estão outros países da América Latina como México (2,7%), Equador (1,4%) e Bolívia (1,3%).

Cada problema tem seu custo

Os imprevistos, como enfermidades ou acidentes, não estão nos planos de nenhum viajante. Sem dúvidas, muitas vezes surgem e interrompem os planos de viagem tão sonhados. Mesmo que o viajante não possa prevê-los, é possível se preparar caso eles apareçam. Viajar com um seguro de viagem adequado garantirá que a única preocupação seja disfrutar.

Para isso, no momento de escolhê-lo, é fundamental conhecer o destino, pois os custos médicos podem variar muito de um país para o outro. Por exemplo, uma internação de dois a três dias na Espanha por um problema dermatológico pode custar quase 30 mil dólares. Além disso, uma hospitalização no Brasil por dois dias como consequência de uma gastroenterocolite teria o custo que se chega a 50 mil dólares.

Os números aumentam em caso de fratura durante as férias em um centro de esqui ou algum resort no Colorado, Estados Unidos. Uma internação de vários dias, e uma eventual cirurgia, podem chegar a custar mais de 110 mil dólares.

Related posts

Abramge criar comitê para conhecer profundamente os problemas da judicialização da saúde

Hospital PUC-Campinas inicia serviço de Telemedicina

IA aplicada ao estudo personaliza aprendizado e planejamento para prova de residência médica