Criada em 2002 por familiares e pacientes de neoplasias do sangue, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), instituição sem fins lucrativos para apoio, acolhimento e prestação de informações a pessoas com câncer e doenças no sangue e suas famílias, obteve doação da TeamViewer, fornecedora global de soluções de conectividade remota e digitalização de ambientes de trabalho, da solução de acesso, controle e suporte remoto TeamViewer Remote, projetada para economizar tempo e dinheiro e prover conexões seguras de qualquer dispositivo, a qualquer hora e em qualquer lugar.
O processo de transformação digital da Abrale tem sido um dos pontos fortes da instituição para um atendimento de excelência aos pacientes. Antes da implantação da plataforma TeamViewer, o cenário na Abrale era de dificuldade na comunicação entre a equipe de TI que fica na cidade de São Paulo e os representantes regionais espalhados em dez Estados brasileiros.
“Precisávamos reduzir custos financeiros e o tempo gasto com locomoções físicas até os solicitantes. Mas a tão sonhada assistência remota era um desafio”, revela Carlos Colon, coordenador de TI da Abrale. “O fato é que, até então, não tínhamos a tecnologia adequada e era muito complicado prestar atendimento e suporte técnico aos representantes, o que acabava dificultando a resolução de casos e problemas, impactando negativamente a agilidade que precisávamos para atender os pacientes.”
Outro desafio era a realização de reuniões de equipe e de treinamentos e capacitações a distância, atividades quase impossíveis de acontecer sem uma ferramenta de conectividade remota rápida, eficiente e segura.
Por meio do TeamViewer for Good, programa de apoio da companhia alemã de tecnologia para instituições e causas filantrópicas em todo o mundo , foram doadas à Abrale licenças corporativas da plataforma TeamViewer Remote para uso em computadores, celulares e tablets das equipes.
“O TeamViewer Remote se tornou essencial no dia a dia da equipe de suporte, contribuindo de forma expressiva nas inúmeras conexões diárias que realizamos diariamente com os nossos representantes regionais em todo o Brasil”, afirma Colon, que aponta ainda que a tecnologia de suporte e acesso remoto da TeamViewer tem sido crucial para maior efetividade e produtividade das equipes de trabalho, possibilitando aos colaboradores mais tempo livre para dedicar ao propósito maior da Abrale: o paciente.
“Quero agradecer à TeamViewer por estar conosco nessa jornada”, diz Catherine Moura, médica sanitarista e atual CEO da Abrale. “Juntos, nós construímos uma instituição sólida e comprometida que é hoje reconhecida como uma das principais organizações não governamentais na área da saúde no Brasil e na América Latina. São inúmeros os desafios enfrentados tanto pela Abrale como por cada um dos pacientes, mas sabemos que é possível construir uma experiência mais humana e garantir uma atenção integral de excelência em Oncologia. Nós assumimos esse compromisso de responsabilidade social e humanitária há 20 anos, e temos hoje muito orgulho de oferecer tudo isso aos mais de 50 mil pacientes que atendemos.”
Georg Beyschlag (foto ao lado), presidente da TeamViewer Américas, também comemora a parceria. “É motivo de grande alegria e orgulho para nós da TeamViewer”, afirma o executivo. “Agora podemos dizer que também fazemos parte da trajetória da Abrale, essa instituição incrível que faz um trabalho humanitário único, crítico e indispensável para conscientizar, ajudar e prestar apoio gratuito aos pacientes com câncer de sangue no Brasil.”
Atualmente, a Abrale utiliza o modelo híbrido de trabalho, promovendo atendimento remoto diário por meio do TeamViewer Remote às equipes e aos pacientes que não podem estar presencialmente na cidade de São Paulo, onde fica a sede da instituição. Para atender aos mais de 53 mil pacientes cadastrados em seu banco de dados, a Abrale conta com uma estrutura formada por 60 funcionários alocados em 11 departamentos em sua sede na capital paulista, além de 13 representantes externos nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Recife, Rio de Janeiro e Salvador e um quadro com aproximadamente 200 voluntários ativos espalhados pelos quatro cantos do país.
A Abrale foi fundada por Merula Steagall, que presidiu da instituição até novembro do ano passado, quando faleceu. Também paciente de talassemia maior, Merula deixou um legado de mudanças significativas no cenário da atenção oncológica no Brasil, além de uma impressionante trajetória como empreendedora social inovadora e sempre preocupada com a melhoria da atenção oncológica de modo integral. Todas as ideias e ações planejadas por ela e colocadas em prática durante a sua gestão ajudaram e continuam ajudando milhares de pessoas.
Um dos principais projetos idealizados e já posto em prática é o Onco TeleInterconsulta, no qual experts de oncologia e de onco-hematologia podem contribuir para a tomada de decisões de condutas médicas e para discussões de casos clínicos durante encontros de interconsulta e consultoria. “Tivemos conhecimento do projeto Onco TeleInterConsulta e começamos a discutir casos clínicos em conjunto com os especialistas”, conta Cibele Silveira, oncologista clínica do Hospital Regional do Câncer de Passos, em Minas Gerais. “Apesar de sermos um hospital grande, nós ainda não temos uma divisão de profissionais por subespecialidades oncológicas. E é esse justamente o diferencial do projeto criado pela inestimável Merula Steagall e que tem sido de extrema resolutividade nos casos em que solicitamos apoio. Estamos impressionados com a qualidade dos profissionais envolvidos e com a disponibilidade e agilidade do processo. Mais de 90% dos pacientes são atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e estamos conseguindo buscar novas soluções e melhorar ainda mais a qualidade dos tratamentos.”
Só para se ter uma ideia, no ano passado, quando completou duas décadas de atuação, a Abrale foi responsável pelo atendimento de 6,6 mil pacientes e familiares, provendo diagnóstico em tempo adequado, tratamentos mais eficientes e, principalmente, o empoderamento em busca de melhores resultados clínicos e qualidade de vida.
As ações impactaram diretamente milhares de vidas, entre elas a da paciente Rosana, que buscou ajuda da Abrale e teve atendimentos tanto físicos como remotos. Ela conta que descobriu ser portadora de LMC [Leucemia Mieloide Crônica] há 17 anos e desde então tem seguido o tratamento rigorosamente. “Sou muito grata à Abrale, que está sempre pronta para me ajudar no que for preciso. Por exemplo, há algum tempo o meu medicamento esteve em falta.”
Porém, segundo ela, após explicar o problema para a representante da Abrale em Goiás, recebeu uma doação que foi diretamente para a casa da paciente em Goiânia. “Eu também tive ajuda quando testei positivo para Covid-19. O hospital onde faço tratamento informou que eu teria que reagendar a minha consulta no prazo de um mês, o que me deixaria novamente sem a medicação. Entrei em contato com a Abrale e fui orientada a procurar o serviço social do setor de hematologia do Hospital das Clínicas de Goiânia. E deu certo! Não fiquei sequer um dia sem o remédio. Eu gostaria de deixar aqui o meu profundo agradecimento a todos da Abrale por todo o carinho que têm com os pacientes e pela agilidade e pronto atendimento às consultas e necessidades dos pacientes”, conta Rosana.