A fabricante brasileira de implantes dentários e componentes odontológicos S.I.N. Implant System, que está entre as dez maiores empresas globais do setor, está investindo R$ 100 milhões para aumentar sua capacidade fabril.
O CEO e presidente da empresa, Felipe Leonard, explica que, mesmo com o apagão de três meses, entre março e maio, com o isolamento e as clínicas odontológicas fechadas, devido à covid-19, a crise não afetou os resultados de 2020. “Nesse período, os pedidos zeraram, porém, em julho, nossa retomada foi feroz”, conta Leonard. “Tivemos, um início de ano muito bom, até a chegada da covid-19, em março, e um segundo semestre melhor ainda, com crescimento próximo aos 40% na receita e quase 90% no EBITDA. Essa retomada no segundo semestre permitiu que a gente fechasse o ano com alta de 10%, em relação ao ano de 2019, preanunciando um 2021 de fortíssimo crescimento, com expectativa de faturar 50% mais”, acrescenta o CEO.
Na S.I.N., o ano de 2020 marcou também a ampliação da fábrica atual, com um redesenho da planta vigente, permitindo potencializar ao máximo a produção. Os bons resultados favoreceram, ainda, junto aos acionistas, a aprovação da construção de uma nova fábrica. “Foi preciso aumentar ainda mais a capacidade fabril, em virtude das grandes demandas interna e externa”, comemora o CEO Felipe Leonard.
As obras para a instalação da nova fábrica já se iniciaram. A estrutura está sendo construída junto à planta atual, em São Paulo (SP).
Para impulsionar o crescimento da S.I.N, a atual etapa do plano de expansão prevê a abertura de 150 novas vagas, nas áreas de Vendas e Marketing, Crédito e Cobrança, Áreas de Produção e Back Office.
Além disso, estão sendo importadas 18 novas máquinas de alta tecnologia, vindas do Japão e da Alemanha, para suportar a maior produção. As aquisições fazem parte de um plano de compra de mais de 60 novas unidades para os próximos três anos.
A S.I.N. Implant System está inserida em um contexto de grande procura por implantes dentários no País e no mundo, que tem relação com o envelhecimento da população e a democratização das raízes artificiais, que, hoje, custam praticamente 1/5 do valor de 25 anos atrás, quando surgiram os primeiros implantes dentários no Brasil.
O aumento na demanda pela reabilitação oral com implantes também faz ressonância com o grande crescimento de especialistas habilitados para realizar o procedimento. Apenas entre 2004 e 2008, o número de novos implantodontistas cresceu cerca de 260% por ano, segundo o CFO (Conselho Federal de Odontologia). E a partir daí, a área é uma das que mais cresce na Odontologia.
O setor vem crescendo, em média, 15% ao ano, sendo que o Brasil é hoje o segundo mercado mundial de implantodontia, atrás apenas dos Estados Unidos (EUA).
Presente em 25 países do mundo, a brasileira S.I.N. deseja conquistar ainda mais espaço na América do Norte. “Nos Estados Unidos, o negócio de implantes supera os US$ 800 milhões e pretendemos abocanhar uma parte desse filão”, diz o CEO Felipe Leonard.
A empresa deu seus primeiros passos no mercado norte-americano em 2019, após obter a certificação do FDA (Food and Drugs Administration) no ano anterior. “Agora é o momento de pisar no acelerador”, diz Leonard. “A ideia é nos tornarmos um player relevante nos próximos dois anos.”
Uma das razões da grande expansão da S.I.N. Implant System é a importância das certificações de processos para a empresa, como ISO 9001, ISO 13485, além do CE (Comunidade Europeia) e FDA (EUA), além dos investimentos em inovação. “A excelência em qualidade de nossos produtos é reconhecida por inúmeras pesquisas científicas das mais renomadas universidades do mundo e pelas principais agências regulatórias, além de, é claro, por milhares de dentistas ao redor do mundo”, explica o executivo.