Nos últimos meses, a crise vivida pelos planos de saúde tem gerado transtorno para pacientes, que enfrentam desafios no atendimento nos hospitais e se deparam com um aumento nos gastos com as operadoras. Na área da saúde, todos os esforços são sempre feitos para evitar que a jornada do paciente seja impactada. Porém, o caso atual é um verdadeiro efeito dominó: prejuízos nas operadoras causam problemas nos hospitais, o que gera transtorno na ponta.
Como atuo com o desenvolvimento de soluções para instituições da saúde, refleti muito sobre quais ações devem ser tomadas pelos hospitais, a parte intermediária nessa história, para evitar prejuízos aos pacientes, mesmo em um momento de tanta turbulência. Minha conclusão foi a de que gestores devem voltar suas atenções aos processos da organização.
Uma das principais metas de toda instituição de saúde é a melhoria da eficiência operacional para simplificar tarefas. Porém, como é possível melhorar a eficiência como um todo se não sou capaz de identificar onde está o meu problema? Afinal, será que os pacientes estão demorando no processo inicial do atendimento, na triagem, no recebimento de exames.
Na parte da gestão, será que o fechamento das contas está acontecendo no prazo adequado ou poderia ser mais ágil? Essas perguntas só podem ser respondidas quando cada uma dessas áreas é acompanhada atentamente. E esse acompanhamento tão minucioso ganha fôlego, claro, quando é feito com o auxílio da tecnologia.
Ainda que o processo de transformação digital esteja avançando rapidamente em vários setores, o segmento da saúde ainda tem uma abordagem mais tradicional quanto ao uso de tecnologias. Porém, após os últimos anos, essa conduta precisou se adaptar a um cenário completamente novo – e, ao que parece, seus efeitos continuarão repercutindo por algum tempo.
Se em março de 2020 a rotina de hospitais, clínicas e consultórios precisou adotar medidas rápidas (como a telemedicina) para enfrentar as incertezas da pandemia de Covid-19, agora vemos que o desafio será lidar com as suas repercussões. A alta no uso dos planos de saúde no pós-pandemia foi uma das consequências do período pandêmico e também uma das causas para a crise atual das operadoras. Agora, é hora de as instituições olharem para seus processos, avaliarem o que pode ser corrigido e melhorado para ganhar eficiência operacional.
Para finalizar, preciso reforçar que o papel da tecnologia não é simplesmente uma correção de problemas que vão surgindo. A proposta também não é apenas corrigir sem cobrar por melhorias. Porém, na área da saúde, tempo é tudo. Muitas vezes, o paciente não pode esperar e também nunca deve sofrer as consequências por problemas de gestão.
Enquanto isso, o uso consolidado de um software de mapeamento de processos é capaz de mudar radicalmente o ambiente de trabalho, já que desonera profissionais de atividades manuais e repetitivas, e permite que eles tenham mais insumos para a tomada de decisões estratégicas e com antecedência. Quem bancar essa transformação dará um passo para a melhoria da gestão, dos funcionários, dos pacientes e do próprio futuro da instituição, que estará mais preparada para enfrentar outros cenários turbulentos que surgirem.
*Richerland Medeiros é diretor de tecnologia e produto da Pixeon.
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