Hapvida NDI fecha acordo com Universidade de Harvard para pesquisa clínica

A operadora de saúde Hapvida NDI fechou um acordo com a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos EUA, para o desenvolvimento de pesquisas científicas no Brasil e formação de especialistas. A meta da companhia é se tornar referência em estudos clínicos e médicos na América Latina com laboratórios e centros de formação de especialistas em Belém, Fortaleza, Goiânia, São Paulo e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. 

Com o acordo, a Hapvida NDI passa a fazer parte do programa global de pesquisa clínica da instituição norte-americana. Os trabalhos devem começar no próximo ano e estarão no centro das atenções a formação de pesquisadores para o desenvolvimento de estudos de novos tratamentos para câncer, doenças cardíacas e neurodegenerativas, além de pesquisas com foco nas consequências deixadas pela Covid-19.

“A comunidade científica já deixou de fazer muitos estudos por falta de especialistas no país e na América Latina. A parceria entre a Hapvida NDI e a Escola de Saúde Pública de Harvard visa a suprir esta lacuna. Por isso, o programa não está restrito apenas aos especialistas das duas operadoras. Ele pode ter uma força expressiva ao envolver também pesquisadores de toda a comunidade que estejam interessados em participar do programa. Quanto mais houver mão de obra especializada, maior será a realização de pesquisas na América Latina”, explica o diretor-executivo de pesquisa & desenvolvimento e educação da Hapvida NDI, Kenneth Almeida. “Em março de 2023, o programa de formação será iniciado em nos nossos centros de pesquisa. Sempre haverá pelo menos dois estudantes da Hapvida NDI envolvidos no processo.”

Estudos regionais no foco das atenções

O grupo também desenvolverá, baseado em sua capilaridade nacional, investigações regionais para pesquisas específicas, como icterícia infantil e Doença de Chagas, na Região Norte; autismo, no Nordeste; além de aprofundar as de oncologia, já desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa NDI. 

O plano é fazer com que os cinco laboratórios de pesquisa clínica na parceria com Harvard sejam centros de coordenação de dez polos de investigações em São Paulo (capital e Ribeirão Preto), Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Amazonas, Pará, Ceará e Bahia. 

Para isso, serão reconhecidos e incorporados cientistas locais que já atuam na rede, e formados novos profissionais para fortalecer o desenvolvimento da pesquisa naquelas regiões. “A pesquisa brasileira está concentrada fundamentalmente na Região Sudeste, especialmente em São Paulo. Este modelo de atuação, que é bem-sucedido, precisa ser expandido. Nesta parceria com Harvard, vamos atingir a heterogeneidade da população brasileira a partir dos trabalhos que faremos nas diferentes regiões do país com polos em Belém, Goiânia e Fortaleza, além de fortalecer nossa atuação em Ribeirão Preto”, detalha Kenneth Almeida.

O programa é liderado em Harvard pelo epidemiologista brasileiro Felipe Fregni, que virá ao Brasil em setembro para uma série de atividades, entre elas, palestrar aos pesquisadores do Grupo Hapvida NDI.

Modelo de parcerias

Além da parceria com Harvard, a Hapvida NDI mantém convênio com o Science Valley Research Institute para produção de pesquisas científicas em prol de associações com instituições reconhecidas na América no campo clínico-científico, acelerando a produção de conhecimento e associando essa estratégia ao Instituto de Pesquisas NDI, que é próprio.

“Ao longo desse processo, as pesquisas desenvolvidas com a Escola de Saúde Pública de Harvard se cruzarão com os trabalhos com o Science Valley e estamos muito ansiosos para colhermos logo esses frutos”, conclui Almeida.

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