Elon Musk apresenta avanços na implantação de chips no cérebro

A Neuralink, startup de neurociência do empresário bilionário Elon Musk, revelou na última sexta-feira, 28, que  uma porca chamada Gertrude experimentou um chip de computador do tamanho de uma moeda em seu cérebro por dois meses, mostrando um passo inicial em direção à intenção de curar doenças humanas com a forma semelhante de implante.

Co-fundada por Musk, CEO da Tesla e SpaceX, em 2016, a Neuralink baseada visa implantar interfaces wi-fi “mente-computador” no cérebro humano para ajudar a superar doenças neurológicas como Alzheimer, demência e acidentes, através de fio espinhal e eventualmente fundir a humanidade com inteligência artificial.

“Um dispositivo implantável pode realmente resolver essas dificuldades”, disse Musk em um webcast na sexta-feira, mencionando doenças como redução da memória, diminuição da audição, depressão e insônia.

Os primeiros testes médicos do Neuralink com uma gama menor de humanos teriam como objetivo o tratamento de paralisia ou paraplegia, afirmou o cirurgião-chefe da empresa, Dr. Matthew MacDougall.

Neurocientistas não afiliados ao negócio alegaram que a apresentação indicava que o Neuralink experimentou bons avanços na manufatura dos chips, mas alertaram que por um longo tempo estudos científicos acabam sendo essenciais.

Musk explicou como a “demonstração dos três porquinhos”. Gertrude, a porca com um implante de Neuralink no componente de seu cérebro que controla o focinho, exigiu algum incentivo de Musk para olhar para a câmera, mas mais cedo ou mais tarde começou a se levantar de um banquinho e farejar canudo, disparando picos em um monitor gráfico a ação neural do animal.

Musk afirmou que a organização tinha três porcos com dois implantes cada um, e também descobriu um porco que antes havia experimentado um implante. Eles eram “saudáveis, alegres e indistinguíveis de um porco comum”, afirmou Musk.

Musk explicou o chip do Neuralink, que tem cerca de 23 milímetros de diâmetro, como “um Fitbit em seu crânio com fios minúsculos”.

Graeme Moffat, pesquisador de neurociência da Universidade de Toronto, relatou que os avanços do Neuralink foram “grandes saltos” além da ciência existente, graças ao novo tamanho do chip, portabilidade e capacidades wi-fi.

O neurocientista da Stanford College, Sergey Stavisky, disse que a experiência da empresa produziu um desenvolvimento considerável e surpreendente, considerando o fato de que uma demonstração preliminar de um chip anterior em julho de 2019.

“Passar disso para o procedimento totalmente implantado em vários porcos que eles confirmaram é notável e, eu considero, realmente destaca os pontos fortes de conseguir um grande grupo multidisciplinar voltado para este problema”, explicou Stavisky.

Musk explicou que o foco da apresentação de sexta-feira foi o recrutamento, não a arrecadação de fundos. Musk tem um histórico de reunir diversas autoridades para acelerar drasticamente o desenvolvimento de inovações antes mínimas para laboratórios acadêmicos, que incluem foguetes, hyperloop e tecnologias de veículos elétricos por meio de fornecedores como Tesla e SpaceX.

Neuralink recebeu US$ 158 milhões em financiamento, US$ 100 milhões dos quais vieram de Musk, e emprega cerca de 100 pessoas.

 

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