A GE Healthcare reuniu cerca de 50 instituições no Rio de Janeiro, no Innovation Summit, para debater as transformações que se fazem necessárias no modelo de negócios vigente no mercado da saúde. Os números impressionam: segundo a ANS, no Brasil, as despesas assistenciais do sistema suplementar de saúde têm aumentado em média 16% ao ano desde 2010, enquanto as receitas de contraprestações aumentam à taxa de 14%.
Ainda de acordo com a Agência, a Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) tem sido consistentemente superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, segundo o IBGE até 2030, 20% da população brasileira terá mais de 60 anos, o que significa o aumento de doenças crônicas – cujos tratamentos são sete vezes mais elevados do que as doenças infecciosas.
O momento é desafiador para o Brasil e para o mundo. Além do envelhecimento da população, outras questões vêm impondo constantes mudanças para o setor. Ao ter mais acesso à informação, o paciente assume a gestão da própria saúde e passa a ser ainda mais exigente quanto à qualidade e nível do cuidado. Ao mesmo tempo, as instituições precisam ser mais eficientes, e seus futuros passam, obrigatoriamente, pela combinação dessas vertentes.
“Conexão se tornou a nova palavra de ordem nesse cenário de intensa transformação e essa conectividade não se restringe apenas a máquinas e tecnologias. A transformação acarretará em modelos mais colaborativos e, portanto, o momento exige mais interação entre os sistemas públicos e privados e todos os demais elos da cadeia”, afirma Daurio Speranzini Jr., presidente e CEO da GE Healthcare para América Latina.
Como primeira iniciativa de um ecossistema colaborativo, o Innovation Summit serviu como um direcionador. Ao longo das discussões, a inovação e a tecnologia foram apontadas como um caminho possível. “O sucesso desse processo depende muito de uma mudança cultural em todas as nossas organizações. Não se trata de um processo simples ou fácil, mas que garantirá o nosso sucesso no futuro que começa ser desenhado agora”, diz Speranzini Jr.
As plataformas digitais e as análises de dados são capazes de produzir estratégias de negócios, bem como aumentar os índices de produtividade e também a qualidade do serviço. “É preciso que haja uma mudança de foco. Ainda que os produtos e os resultados sejam importantes, os processos e o valor agregado são ainda mais”, revela Jörgen Nordenström, professor do Instituto Karolinska, presente no evento que acontece dia 26 de setembro.
Mais do que a quantidade de dados, a área da saúde precisa da qualidade desses dados, que só pode ser obtido por meio da conexão entre as máquinas e das máquinas com as pessoas, ou seja, da Internet Industrial. Com dados é possível planejar o atendimento médico de uma determinada região e fazer investimentos nas áreas que serão mais procuradas pelos pacientes no futuro. A GE, percebendo este movimento, tem atuado no último ano próxima aos seus clientes para entender suas reais necessidades e, assim, desenvolver soluções customizadas e completas, que podem envolver novos equipamentos, treinamentos, soluções digitais, ou até mesmo novos modelos de negócio.
“Não oferecemos apenas equipamentos, estamos atuando como uma consultora na área da saúde. Com soluções customizadas é possível acompanhar o crescimento dos negócios, ajudar na tomada de decisões com base em dados e estatísticas, além de auxiliar na escolha de melhores estratégias para obter um alto índice de produtividade”, explica.