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Painel discute como dados podem transformar a área de saúde

por Redação
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O segundo painel da 11a. edição do Fórum de Saúde Digital, que aconteceu nesta quarta-feira, 2, tratou do uso de ferramentas para extrair informações e insights no diagnóstico, tratamentos e gestão da saúde. Essas novas soluções, que precisam levar em conta os preceitos da proteção de dados, estão trazendo como resultados mais assertividade, melhor tratamento e desfecho para os pacientes; ao mesmo tempo melhores subsídios para o planejamento, aumento da produtividade, agilidade nas decisões e redução de custos na gestão das organizações de saúde.

Marcel Saraiva, gerente sênior para indústrias de saúde e finanças da divisão NVIDIA Enterprise fez um comparativo com o mundo corporativo e o mundo da saúde em relação a tecnologia de processamento, já que ambos precisam processar muitos dados e ter aplicações de modelos para acesso a aplicativos, contagem de milhares de pessoas (dados estatísticos)  e principalmente acelerar  uma escala de modelo para projeções globais por meio de algoritmos mundiais open source que ajudam em vários segmentos, especialmente neste período de pandemia.

Para Ariel Dascal, chief digital officer da Rede D´Or São Luiz, “os dados fazem a diferença na medicina, particularmente, no âmbito da medicina de precisão e individualizada. Há um desafio sistêmico na coleta de dados estruturados mundialmente e também quanto a interoperabilidade de sistemas, além é claro, da observância dos requisitos das leis de privacidade de dados. Mas a criação de plataformas de suporte às decisões vai além da gestão e extrapola para outras áreas como a nanotecnologia, biotecnologia, buscando conhecer as doenças e oferecer sua cura. É natural, neste contexto que área como farmacologia e genética estejam na frente no uso dos dados, Mas na Medicina, como apoio a decisões suportada por dados, ainda é uma novidade”, reiterou.

Guilherme Rabelo, gerente comercial e de inteligência de mercado do InovaInCor, concorda no valor do uso dos dados nos processos decisórios de gestão de pacientes e estruturas e argumenta que ainda estamos no caminho de aprimorar os dados no campo da assistência e do diagnóstico de pacientes.

“A pandemia, como já foi dito, levou o paciente a uma jornada digital com uma motivação – afastamento social diante da necessidade de atendimento à saúde. Ao mesmo tempo surgiram novos serviços com geração de dados, necessitando de processamento de volumes importantes, com democratização desses dados e com uma camada de segurança exigida pela LGPD. Tudo isso faz surgir um novo mercado na saúde: a predição”, disse  Rabelo. Segundo ele, a saúde precisa de análises melhores dos dados na gestão de epidemias, de pacientes crônicos, entre outros, para a predição de ações de saúde, e não só na prevenção como já se faz, mas na previsão de como enfrentar novas e futuras crises na saúde, com menos internações e equipes mais dinâmicas.

Para Carlos Reis, diretor de Negócios da Axway Latin America, a maior disponibilização dos dados acaba por ajudar na mitigação riscos e no uso e eficiência dos mesmos.  “Na cultura de dados da saúde a tecnologia vem de encontro a requisitos de segurança e rastreabilidade com uso de AI, BI para que o gestor tenha sim decisões embasadas por dados”.

Ronaldo Oliveira, partner development Manager da AWS, aponta que o crescimento rápido dos dados de saúde necessitava da cloud para análises rápidas com transparência  e essa infraestrutura veio para ajudar em especial área de estudos de saúde, como na análise de genomas e no processamento de grandes volumes mundiais diante da pandemia de Covid.

Marcelo Oliveira, head de Medicina Personalizada na Roche Farma Brasil, falou sobre a área de farma que é uma das mais avançadas no âmbito de saúde na utilização de dados, seja na área de diagnósticos, seja no tratamento até na determinação de um perfil genético dos pacientes, por meio de dados, para melhor indicação de profilaxias.

Para o executivo, a análise de dados e uso de tecnologias como machine learning e AI, são importantes ferramentas no campo da saúde e Medicina para planejamento de gestão, controle de doenças e principalmente análise desses dados para decisões nas área administrativas e operacionais das instituições.

E neste contexto de uso de dados, o surgimento das healthtechs – startups que desenvolvem tecnologias para otimizar o sistema de saúde e tudo a ele relacionado, têm trazido soluções que usam dados massivamente para suporte ao mercado, sendo que muitas delas recebem incentivos ou são incubadas dentro das instituições de saúde como nos fornecedores dessa área.

“O surgimento dessas empresas só foi possibilitado pelo uso da tecnologia aplicada a saúde e diante de grandes demandas como agora na pandemia, o trabalho com dados para dar respostas às grandes demandas do mercado , muitas dessas empresas estão fazendo a diferença no fomento ao uso da tecnologia  e a inovação”, diz Marcelo Oliveira.

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