Logística hospitalar demanda agilidade e cumprimento de normas éticas e sanitárias

Na área da saúde, a agilidade nas demandas e nas entregas é ponto-chave para que o setor funcione. No ano passado, os hospitais gastaram, em média, 3,73% do faturamento com logísticas e apoios, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).

No mesmo ano, o setor da saúde movimentou R$ 822,16 bilhões, o equivalente a 9,47% do PIB brasileiro, e, segundo Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), as importações de dispositivos médicos somaram US$ 6,7 bilhões e as exportações, US$ 761 milhões.

Segundo Pedro Curcio, CEO da Speed Transfer, especialista em logística hospitalar, a área da saúde possui grandes demandas diariamente, sendo elas: materiais, equipamentos, remédios, vacinas, suprimentos, e, inclusive, transplantes de órgãos para os hospitais especializados.

O executivo afirma também que, além de ser necessário realizar entregas nos prazos marcados, a refrigeração de medicamentos é imprescindível para manter a qualidade, durabilidade e eficácia dos produtos, além de ser obrigatória a presença de um farmacêutico responsável técnico em empresas desse segmento para realizar o acompanhamento no transporte dos produtos, exigindo cumprimento das normas éticas e sanitárias, além de garantir qualidade nos serviços prestados.

“As empresas desse setor devem ser sérias, cumprir com todas as regras exigidas nos transportes, e principalmente se preocupar com o destino final desses produtos, já que os medicamentos podem perder a eficácia por má refrigeração”, ressalta Curcio, ao acrescentar que as empresas que realizam as vendas dos medicamentos termolábeis —que sofrem alterações ao calor — também são responsáveis por garantir o transporte adequado até o fim do percurso. A embalagem utilizada no deslocamento também deve atender os requisitos necessários.

O empresário finaliza afirmando que para garantir a eficiência na distribuição e armazenamento, as empresas devem trabalhar com monitoramento do percurso a fim de não ocorrer roubos ou adulteração dos medicamentos, além de adotar práticas que impossibilitam a falsificação dos produtos e de mercadorias ilegalmente importadas.

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