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Planos de saúde não foram feitos para te atender

por Rafael Teixeira
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Pode parecer cruel dizer isso, mas os planos de saúde com coparticipação e limitações enganosas nunca foram feitos para você. Ao contratá-los, é como se você não lesse as letras miúdas do contrato. São carências intermináveis e burocracias disfarçadas de proteção. Por mais que tenham sido criados com o propósito de cuidar das pessoas, os planos de saúde acabaram virando o jogo, colocando a eles mesmos como prioridade número um.

A prova de que os pacientes não são prioridades está na recente proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que visa criar um “novo plano de saúde” com uma cobertura limitada a consultas médicas eletivas e exames, não incluindo a opção de acesso à internação, pronto-socorro ou cirurgias. Até 4 de abril de 2025 a população brasileira pôde votar na Consulta Pública n.° 151 — Proposta de Resolução Normativa que dispõe sobre as regras para constituição e funcionamento de ambiente regulatório experimental (Sandbox Regulatório) denominado “Plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames.

Passada esta primeira etapa, a ANS continua coletando contribuições da sociedade antes de deliberar oficialmente sobre a aprovação da proposta. Mas a consulta pública foi o suficiente para diferentes setores manifestarem oposição, desde entidades de saúde, setores jurídicos, pesquisadores e servidores da própria ANS.

Afinal, esta resolução não se trata somente de uma medida técnica, reflete que o modelo pode nos levar ao mínimo de saúde e o máximo de lucro aos planos. Para quem realmente precisa, o mínimo de atendimento não serve. O paciente comum, que já enfrenta um sistema saturado, poderá ter a saúde picotada se apenas “servirem” para ele o “pacote básico”, com planos menos vantajosos.Em contrapartida, as clínicas populares particulares e redes de saúde acessível fazem o contrário. Elas o entregam acesso real à saúde, com dignidade, sem mensalidade ou contrato, para quando o paciente realmente precisa.

Se já é difícil agendar uma consulta com um especialista em um plano de saúde tradicional, o que esperar de um plano ambulatorial que promete apenas esse tipo de atendimento? É o famoso: “finge que me paga, eu finjo que te atendo”. E ainda com coparticipação. Enquanto isso, já existem clínicas acessíveis com preços claros

Em questão de saúde, não a brechas, não se pode esperar. Se planos ou entidades propõem se afastar do paciente e vê-lo como cifras, tanto os pacientes quanto as clínicas acessíveis particulares caminham na direção oposta. Para sintetizar: todos merecem cuidado com a  saúde e isso vai além de contratos ou propostas que não beneficiem o paciente.

Rafael Teixeira, CEO da Clínica da Cidade.

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