A gestão eficaz das infecções hospitalares é sempre um grande desafio para o ecossistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7% dos pacientes em países desenvolvidos e 15% em países em desenvolvimento contraem pelo menos uma infecção hospitalar durante a internação. No Brasil, estima-se que até 14% das pessoas internadas sofram com o problema. Em cenários de UTI, esse tipo de infecção pode atingir até 30% dos pacientes internados.
Dessa forma, é determinante implementar um controle eficaz dos pontos de infecção para garantir uma gestão de qualidade na área da saúde. Dentre diversas iniciativas para mitigar riscos, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, responsável pelo monitoramento de potenciais focos de infecção, utiliza-se de tecnologias para a gestão de qualidade em saúde, facilitando a coleta de dados e transformando o cuidado direto dos pacientes.
Entre elas, destaca-se o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A tecnologia, ao permitir a programação de alertas conforme esses protocolos, possibilita que todas as informações registradas sejam monitoradas de perto por toda a equipe assistencial, recebendo lembretes diários no sistema ou por meio de dispositivos como celulares e tablets.
“Essa tecnologia garante segurança no cuidado assistencial em suas três vertentes: para o paciente, para o profissional de Saúde e para a instituição”, explica Valmir Júnior, diretor da unidade de negócio Hospitalar da MV, multinacional que impulsiona a transformação digital na Saúde.
Também por meio do prontuário eletrônico, o sistema consegue avisar aos profissionais de Saúde sobre os pacientes que estão, por exemplo, com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes atuem preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para que a CCIH possa fazer as auditorias e o monitoramento adequado.
O PEP também contribui com soluções como controle na troca de dispositivos médicos invasivos, acompanhamento das funções vitais, acesso rápido em tempo real agilizando a tomada de decisões importantes para que os pacientes com quadros infecciosos possam ser remanejados, a fim do cuidado maior e da preservação da vida de outros pacientes.
Dispositivos médicos inteligentes estão capacitando as equipes médicas a identificarem precocemente potenciais fontes de infecção e implementar medidas preventivas de forma mais ágil e eficaz. Isso auxilia também na identificação de surtos precoces e na implementação de estratégias proativas para conter a propagação dessas infecções.
“O Prontuário Eletrônico do Paciente desempenha um papel central na melhoria da qualidade da assistência hospitalar, oferecendo uma abordagem mais integrada, eficiente e segura para o cuidado aos pacientes”, completa Valmir Júnior.