quinta-feira, novembro 21, 2024
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Biomm regista crescimento de 39% no lucro bruto

por Redação
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A Biomm, empresa pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil, teve lucro bruto de R$ 16,6 milhões no primeiro semestre deste ano, um incremento de 39% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 11,9 milhões). Este resultado positivo é fruto do maior volume de vendas e ao mix de produtos comercializados, com maior valor agregado, em comparação ao 1S23.

A receita líquida total da companhia foi de R$ 70,6 milhões no primeiro semestre deste ano, 9% acima dos R$ 65 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Na comparação trimestral, a receita do 2T24 foi de R$ 32 milhões, contra R$ 30,7 milhões no 2T23 – um crescimento de 4%.

“No segundo trimestre deste ano, a presença e participação da Biomm no mercado biofarmacêutico brasileiro demonstra importantes ganhos de participação de mercado e evolução nos segmentos de diabetes, oncologia e trombose. Seguimos ampliando nosso portfólio de medicamentos biotecnológicos, visando o crescimento sustentável da companhia, com a consolidação dos produtos que já são fornecidos ao mercado e os que virão a ser comercializados a partir das novas parcerias, em linha com o nosso planejamento estratégico”, afirma Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.

O volume de vendas do medicamento oncológico Herzuma cresceu 20% no 1S24 em relação ao mesmo período do ano anterior. O produto atingiu 22% de market share no segundo trimestre deste ano. Vale reforçar que Herzuma cresce acima do mercado privado, que evoluiu 5,7% quando comparado com o segundo semestre de 2023. É a segunda marca mais prescrita no mercado de trastuzumabe.

Em diabetes, o aumento do volume total foi de 57%. A insulina Glargilin passou a representar 27% do mercado nacional de insulina glargina no segundo trimestre do ano, motivado principalmente pelas vendas no mercado privado. O produto, até então exclusivamente fornecido por meio da parceria com a farmacêutica Gan & Lee, passa a ser produzido pela fábrica da Biomm em Nova Lima, que teve o seu processo de validação concluído e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi inaugurada em 26 de abril.

Com investimentos de R$ 800 milhões, a unidade foi projetada para atender às mais altas normas de qualidade e terá capacidade para suprir a demanda nacional desta insulina, favorecendo o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento.

Já insulina humana Wosulin teve queda de 3,7% de participação no mercado privado, com a companhia tendo vendas mais relevantes junto ao mercado público. Em relação ao mercado público, a companhia a venceu a licitação para o fornecimento de 1.541.638 frascos de produto ao Ministério da Saúde.

A Biomm também registra bom desempenho da marca Ghemaxan, medicamento contra trombose. A companhia fechou o segundo trimestre deste ano com cerca de 3% de market share no mercado privado. Enquanto o mercado de enoxaparina sódica ampliou 20% em demanda, o produto cresceu 31% no canal nesse período.

As despesas gerais, administrativas, de vendas e outras despesas consolidadas totalizaram R$ 54,6 milhões no 1S24, contra R$ 45,8 milhões no 1S23. O aumento se deve ao crescimento das despesas com marketing para fazer frente ao aumento de vendas, dos custos oriundos com a inauguração da fábrica, dos gastos com pessoal referentes ao início da operação e do novo plano de incentivo de longo prazo concedido a funcionários-chave.

O EBITDA consolidado foi negativo em R$ 32 milhões no 1S24 contra R$ 28,1 milhões no 1S23. Na comparação trimestral, o EBITDA foi negativo em R$ 17,3 milhões no 2T24 contra R$ 15,1 milhões no 2T23. A variação é creditada principalmente ao incremento de despesas, que foi superior ao crescimento do lucro bruto.

Novas parcerias

No segundo trimestre deste ano, a Biomm deu continuidade à sua estratégia de negócios, visando a expansão da atuação no mercado biofarmacêutico brasileiro com parcerias relevantes no setor.

Em 17 de abril, celebrou junto à Biocon um acordo exclusivo para comercialização do medicamento semaglutida no Brasil. A importação, comercialização e distribuição do medicamento, similar do Ozempic, estarão sujeitas à obtenção do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à publicação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED, após a expiração da patente do produto originador.

Em abril, a companhia também assinou um protocolo de intenções com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) para desenvolverem um programa de mútua cooperação voltado para plataformas produtivas de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas. A iniciativa visa fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde e promover maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), com base nos princípios de reciprocidade e benefício mútuo.

Em 2 de maio, a Biomm fechou com a Huisheng Biopharmaceutical um acordo exclusivo para a comercialização da insulina degludeca no Brasil, um análogo de insulina de ação prolongada, indicado para tratamento de diabetes mellitus, que pode ser usado em combinação com antidiabéticos orais e outras insulinas. A importação, comercialização e distribuição do medicamento no país também estarão sujeitas ao registro na Anvisa e à publicação do preço pela CMED.

Em 15 de maio, a companhia celebrou outro acordo exclusivo, desta vez com a com a Kexing Biopharm, para comercializar o biossimilar liraglutida no Brasil. Trata-se de um analógo do GLP-1 (hormônio endógeno) que tem como efeito diminuir a fome, aumentar a saciedade e controlar a glicemia. A importação, comercialização e distribuição do medicamento no mercado também estarão sujeitas aos trâmites regulatórios brasileiros.

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