O uso da inteligência artificial já é uma realidade na rotina de médicos e está remodelando a saúde brasileira. A pesquisa TIC Saúde 2024, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostra que 17% dos médicos brasileiros usam essa tecnologia. Neste grupo, 29% afirmam utilizar para a melhoria da eficiência nos tratamentos e 22% como uma auxiliar no diagnóstico de doenças. E é justamente com esse objetivo que o Alta Diagnósticos, marca premium da Dasa, no Rio de Janeiro, investiu no novo equipamento de ultrassom, o HERA Z20, da Samsung, com inteligência artificial (IA) integrada que oferece diagnósticos ainda mais precisos, rápidos e confortáveis, com qualidade e definição de imagem superior.
O novo aparelho, que já está disponível para pacientes, representa um salto significativo na medicina fetal. Na prática, a ferramenta de IA presente no equipamento é capaz de segmentar e medir de maneira automática as estruturas do feto na imagem 3D e permite que médico e paciente visualizem destacadamente as que desejam.
Segundo o Dr. Heron Werner, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do Alta Diagnósticos, no Rio de Janeiro, essa é uma evolução do exame de ultrassom no pré-natal. “Na hora da realização do exame, a IA está separando as estruturas que queremos analisar, por exemplo, o coração do bebê. E ela já realiza as marcações e as medições em tempo real, otimizando o fluxo de trabalho e permitindo maior dedicação do profissional à detecção precoce e precisa de anomalias congênitas, ao monitoramento do desenvolvimento fetal e avaliação mais detalhada da saúde da gestante”, explica.
Baseado na tecnologia deep learning, ou seja, recurso na qual as inteligências artificiais “aprendem” a partir de grandes volumes de dados, o ultrassom HERA Z20 ainda pode fazer automaticamente as medições biométricas do feto, permitindo que os usuários obtenham os parâmetros de crescimento com um clique, mantendo a consistência do exame.
Outro ganho importante, de acordo com o médico, é no campo da saúde da mulher, já que o equipamento pode ser utilizado para outros fins diagnósticos, como análise de fertilidade, avaliações mamárias e ginecológicas.
De acordo com o especialista, estudos mostram que a utilização de ferramentas com IA, diminuem cerca de 70% o tempo de digitação na máquina de ultrassom por parte do médico. A tecnologia simplifica tarefas repetitivas, permitindo aos profissionais de saúde fornecerem mais atenção aos pacientes e otimizando a eficiência geral do fluxo de trabalho.
“A redução do tempo de exame e do estresse do profissional, proporcionada pela IA, significa mais tempo e foco na paciente, resultando em um atendimento mais humanizado e preciso, já que os médicos conseguem se concentrar em aspectos mais complexos do cuidado”, finaliza Werner.