Serviços clínicos devem inaugurar nova era nas farmácias, avalia executivo

Test tube with blood for Beta hCG Test in hand.

Os serviços clínicos, incluindo uma diversidade superior a 40 testes laboratoriais remotos, prometem inaugurar uma nova era no atendimento das farmácias. Isso graças ao pós-pandemia e à regulamentação atualizada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esses exames, por meio da RDC 302/2005, esperada ainda para 2023. Em paralelo, o setor já se movimenta e encontra nas parcerias com startups o caminho para mudar a jornada de saúde no Brasil.

Os números confirmam essa tendência. No ano passado, pacientes brasileiros se submeteram a mais de 8 milhões de serviços clínicos nos estabelecimentos farmacêuticos, o que representa um aumento de 23% em relação a 2021, segundo a plataforma Clinicarx. Já a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) anunciou, no início de dezembro do ano passado, a marca de 20 milhões de testes da Covid-19 aplicados desde a eclosão do coronavírus no país.

A pandemia acelerou a transformação do varejo farmacêutico em polos de atenção primária à saúde, mas esse processo vai muito além da Covid-19. Com mais de 41 salas dedicadas a esses atendimentos nos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, a Farmácia Indiana tem como três testes mais procurados os exames de Beta hCG, para identificação de sintomas de gravidez; perfil lipídico, que detecta problemas associados a colesterol e triglicérides; e de dengue.

“Assim que tivermos a regulamentação da Anvisa, esperamos estender o modelo de assistência clínica para nossas quase 130 lojas”, revela Fernanda Andrade, gerente do departamento farmacêutico da rede. “Ao mesmo tempo em que atraímos novos clientes com serviços como a vacinação, incluindo idosos, os consumidores de 30 a 45 anos incorporaram esses exames à sua cesta de compras”, acrescenta.

Farmácias terão até terapia digital do sono

Para aprimorar a oferta de programas de assistência farmacêutica, a Indiana vem investindo na conexão com startups e foi uma das idealizadoras da Farma Ventures. Nascido em 2020, o grupo atua como um ecossistema de inovação, para impulsionar jovens empresas que tenham soluções diferenciadas em prol da saúde.

Uma dessas startups promete mudar a realidade do sono no Brasil. A SleepUp consiste em uma terapia digital inédita, aprovada pela Anvisa e que utiliza protocolos clínicos para auxiliar no tratamento e prevenção de problemas como insônia e apneia. Com suporte de um aplicativo, reúne ferramentas como diário do sono, dicas de estilo de vida, músicas e meditações guiadas, orientações personalizadas, telemedicina e um módulo que auxilia a trocar, reduzir ou retirar as suas medicações para o sono.

A Indiana disponibilizará esse serviço inicialmente em dez lojas, mas a ideia é levá-lo para 100% das unidades até o fim do ano. “A pandemia mudou por completo o padrão de consumo da saúde no Brasil e exigiu uma verdadeira reinvenção das farmácias. E incentivar o ambiente de inovação foi a saída do setor para adequar seu posicionamento a esse novo modelo”, avalia Giovanni Oliveira, CEO da Farma Ventures.

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