Um novo levantamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em parceria com a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP), revela os principais desafios e avanços na gestão da saúde corporativa no Brasil. A pesquisa “Gestão de Saúde Corporativa 2025” analisou mais de 22 mil dados de 419 empresas, que juntas somam 3,15 milhões de vidas cobertas por planos de saúde.
Coordenado por Luiz Edmundo Rosa, diretor de Saúde e Bem-estar da ABRH Brasil, o estudo mostra um aumento significativo nos custos de saúde: 28% das empresas registraram aumentos anuais acima de 20% em 2025, ante 8% em 2020. Apenas 15% conseguiram manter os reajustes abaixo de 5% ao ano.
Embora 92% das empresas ofereçam plano de saúde, mais da metade ainda não adota elementos considerados essenciais para uma gestão eficiente, como políticas formais, planos estratégicos e comitês específicos. Outro dado preocupante é que 67% das organizações não possuem programas voltados a grupos de risco, como pessoas com diabetes, câncer e doenças cardíacas, condições que representam até 75% dos custos com saúde.
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A saúde mental tem ganhado espaço nas organizações e já está presente em 50% delas, mas só 29% realizam diagnósticos estruturados. A telemedicina também avançou, sendo adotada por 58% das empresas, embora ainda não tenha provocado impacto significativo na redução de atendimentos em pronto-socorro.
O estudo aponta que os melhores resultados em saúde estão associados à adoção de políticas consistentes de promoção, prevenção e gestão de grupos de risco. “As melhores soluções não demandam grandes recursos e são acessíveis até para pequenas e médias empresas. O que faz diferença é o comprometimento das lideranças com uma cultura organizacional saudável e sustentável”, afirma Rosa.
Segundo ele, a gestão estruturada da saúde é cada vez mais estratégica para a sustentabilidade dos negócios, com impacto direto em bem-estar, engajamento e produtividade.
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