A edição de 2020 traz dados bastante aprimorados às necessidades do mercado e dos hospitais associados à entidade. Em 2019, a Anahp teve um aumento de 8% no número de hospitais associados, o que demonstra engajamento crescente das instituições hospitalares brasileiras na agenda de qualidade e segurança assistencial, pilar maior da existência e do desenvolvimento da associação.
Com isso, cresce também a base de dados do Sistema de Indicadores Hospitalares Anahp (SINHA), ampliando sua representatividade como fonte de referência para o setor de saúde no que tange ao cenário econômico, em 2019, o país ainda mostrava dificuldades em se recuperar.
Se, por um lado, o mercado de trabalho apresentou leve melhora no saldo de geração de empregos formais (644 mil novas vagas) e a taxa de desemprego seguiu ritmo de queda (11,93%), por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou fraco crescimento (1,14% em 2019) pelo terceiro ano seguido após o período de recessão.
Em 2020, o impacto da pandemia resultará em piora significativa dos indicadores econômicos e sociais do Brasil, aumentando o desafio a ser vencido pelo setor da saúde, em particular.
Na análise dos dados dos hospitais associados, o ainda significativo prazo para recebimento de recursos das operadoras de planos de saúde e o elevado índice de glosas (recusa de pagamento por parte dessas operadoras) têm como consequência um impacto negativo nas operações, reduzindo a receita e desestabilizando o fluxo de caixa. Nesse cenário desafiador, a utilização das melhores práticas é fundamental para manter bons resultados assistenciais.
Alguns indicadores em destaque:
• A receita líquida por saída hospitalar caiu 0,37% em 2019, ao passo que a despesa total por saída hospitalar caiu 0,97% no mesmo ano.
• As despesas com mão de obra, que envolvem tanto os empregados com carteira assinada como os profissionais que executam serviços técnicos, responderam por mais de 50% das despesas dos hospitais Anahp em 2019.
• 89,91% da receita dos hospitais Anahp vieram de recursos administrados por operadoras de planos de saúde em 2019.
• A taxa de ocupação passou de76,44% em 2018 para 76,96% em 2019.
• A média de permanência, por sua vez, caiu de 4,13 dias em 2018 para 4,04 dias em 2019.
Esta edição do Observatório Anahp compartilha, ainda, temas inéditos e importantes para o setor, como: os impactos da pandemia do novo coronavírus e seus desafios para o sistema de saúde brasileiro; a relevância econômica do setor de saúde para o país, em um artigo escrito pelo economista de saúde e consultor internacional André Medici.