Abifina defende diminuição da vulnerabilidade sanitária no Mercosul

Close up of a mature man taking a vaccine in his doctors office

A redução da vulnerabilidade regional da indústria farmoquímica/farmacêutica é o caminho que os países do Mercosul devem perseguir, segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Antonio Bezerra. Para ele, é preciso que o setor produtivo do complexo industrial da saúde e os sistemas de saúde de toda a região interajam de forma mais eficiente, fortalecendo o setor saúde como um todo.

Para isso, ele apresentou as propostas da Abifina durante a 10ª edição do Fórum Empresarial do Mercosul, que reuniu representantes oficiais e do setor produtivo do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Agora, tanto suas recomendações quanto a dos demais participantes serão entregue aos Ministros da Saúde nesta semana, em Buenos Aires.

De acordo com Bezerra, uma das propostas está diretamente ligada ao mecanismo de monitoramento de pedidos de patentes farmacêuticas de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS) que a entidade possui e que entende que pode servir como modelo para o Mercosul como um todo. “Nosso monitoramento consiste em uma base de dados que acompanha o andamento dos depósitos de pedidos de patentes farmacêuticas. Incluímos principalmente os blockbusters de empresas farmoquímicas e farmacêuticas, tanto brasileiras como internacionais”, explica o executivo, acrescentando que a proposta da entidade é da criação de um observatório para o monitoramento de pedidos de patentes farmacêuticas de interesse dos sistemas nacionais de saúde no âmbito do Mercosul.

A outra proposta, anuncia Bezerra, é a identificação elaboração de uma Lista de IFAs estratégicas para a região do Mercosul, buscando o desenvolvimento e fortalecimento da produção local de insumos necessários a diminuição da vulnerabilidade sanitária da região. “Essa proposta está muito alinhada ao que nós da Abifina, junto com a Abiquifi e Fiocruz, já realizamos. Trabalhamos no desenvolvimento de uma “Cesta de IFAS estratégicos” com base em uma metodologia que contemple parâmetros valorando as necessidades das políticas públicas de acesso a medicamentos essenciais e tendo consequentemente a diminuição da vulnerabilidade sanitária do país”, detalha.

De acordo com o presidente, além de novas tecnologias, regulação eficiente e inovação em pesquisa e desenvolvimento (P&D), há muito a ser feito para tornar a região mais sólida e menos dependente dos outros continentes. “De fato, unindo forças e esforços de todos os países, a região pode se tornar, um hub produtivo no setor, o que beneficiará as indústrias de cada país e, essencialmente, suas populações”, afirma Bezerra, chamando a atenção para o fato de já ter passado da hora dos países do Mercosul potencializar as políticas públicas que possam estruturar melhor o ambiente das indústrias farmacêuticas e das empresas de saúde, público e privada, rumo ao desenvolvimento tecnológico e inovação, alcançando maior autonomia.

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