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Profissionais encontram oportunidades e desafios no aquecido mercado de bem-estar

por Hideo Muraoka
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O mercado de bem-estar tem se mostrado cada vez mais aquecido. Somente em 2022, movimentou cerca de US$ 5,6 trilhões globalmente, conforme revelado pelo último relatório divulgado pela Global Wellness Institute. Além disso, projeções da mesma pesquisa indicam que, até 2027, o setor atingirá a marca de US$ 8,5 trilhões, um aumento de 57% em relação ao seu atual cenário. Esse crescimento exponencial sinaliza não apenas um mercado em expansão, mas também uma demanda crescente por terapeutas especializados em massoterapia e outras técnicas associadas.

Esse aumento de demanda também cria a necessidade de profissionais capacitados, formando um cenário atrativo para talentos emergentes. A flexibilidade e o bem-estar oferecidos são apenas o início, pois o potencial de crescimento na carreira nesse setor em expansão também se torna uma motivação para muitos, tendo se mostrado particularmente atrativa para aqueles que contemplam uma transição de carreira.

O cenário do mercado de bem-estar

Somado a isso, uma considerável quantidade de vagas surge da necessidade latente na população brasileira. Segundo o IBGE, 21,6% dos adultos no Brasil, equivalente a cerca de 34,3 milhões de pessoas, sofrem de problemas crônicos na coluna, evidenciando a necessidade de cuidados relacionados ao tema. Além disto, nos últimos anos, a ansiedade vem crescendo entre os jovens e adultos no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, em 2023, 53% da população brasileira recebeu diagnóstico de ansiedade. Essa estatística revela uma demanda substancial por terapeutas, que ainda não é totalmente atendida pelo mercado.

Nesse contexto, a quick massage, uma modalidade mais rápida de massagem com aproximadamente 20 minutos de duração, ganha crescente popularidade em escritórios, eventos e feiras por todo o país. No entanto, a falta de especialização de alguns terapeutas pode comprometer a qualidade do atendimento. Técnicas mais avançadas, como reflexoterapia, maca, quiropraxia e drenagem também enfrentam a escassez de mão de obra especializada.

Como se preparar para entrar no segmento de bem-estar e os diferenciais procurados

Para quem aspira construir uma carreira no setor de bem-estar, o primeiro passo é buscar informações, uma tarefa facilitada pela internet. É crucial escolher uma escola renomada para aprender as técnicas de maneira eficiente. Além do curso técnico de massoterapia, que geralmente tem uma duração de dois anos, existem cursos livres que proporcionam treinamento intensivo em um curto período, sem aprofundar em aspectos como anatomia.

É vital integrar-se a um ambiente que proporcione uma imersão eficaz, aproveitando as facilidades tecnológicas para aprimorar o aprendizado. Recomenda-se começar em clínicas para adquirir experiência antes de considerar uma carreira independente.

Profissionais que buscam se destacar no setor de bem-estar devem possuir, também, qualidades como empatia e sensibilidade para ajudar o próximo. Independentemente da origem profissional, a dedicação é a chave para o crescimento. Conhecimentos aprofundados em anatomia, especialmente sobre a musculatura, e a prática regular de atividade física são diferenciais importantes.

Ainda nesse sentido, dominar técnicas refinadas, resultado de prática e estudo contínuos, possibilita compreender as diferenças de cada corpo e oferecer o melhor atendimento possível. Nesse ramo, manter um estilo de vida saudável é um ponto crucial, pois a falta de energia pode afetar negativamente os atendimentos. Por outro lado, cursos livres e técnicos frequentemente ensinam aos terapeutas métodos para utilizar a gravidade a favor durante as sessões, garantindo um desempenho cada vez melhor.

Perspectivas futuras para profissionais do setor

Enquanto em países asiáticos, como China, Tailândia e Japão, a busca pelo bem-estar é intrínseca à cultura, no Brasil, há muito a ser explorado. O segmento de massoterapia promete oportunidades em aplicativos, atendimentos corporativos, spas, clínicas e até atendimentos domiciliares, adaptando sabedorias ancestrais ao mundo moderno e incorporando elementos da medicina chinesa tradicional.

Essas possibilidades ampliaram-se ainda mais após o início da pandemia de COVID-19, em 2020. A consolidação do home office fez com que os efeitos negativos desse período fossem mais acentuados, e essa tendência promete se intensificar nos próximos anos.

Nesse sentido, estar atento a todas essas mudanças será um diferencial valioso para os profissionais que almejam uma carreira bem-sucedida no mercado de bem-estar, segmento cada vez mais essencial para a economia e a população brasileira.

Hideo Muraoka, CEO da rede Muraoka Massoterapia.

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