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Inovação e tecnologia evitam complicações de pacientes diabéticos, diz estudo

por Redação
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Comprometimento renal, problemas cardiovasculares e doenças na retina que podem levar à cegueira estão entre as diversas ameaças que rondam um paciente diabético com taxas de glicemia fora do controle. Buscando trabalhar pela saúde preventiva e pelo envelhecimento saudável, que norteiam toda a atuação da MedSênior, a equipe multidisciplinar do laboratório de inovação da empresa, o MIL Senior, realizou um estudo piloto com um grupo de beneficiários portadores de diabetes que já viviam situações críticas de comprometimento da saúde de órgãos como os rins e os olhos.

De acordo com o médico Thiago Maia, líder de saúde e operabilidade da MedSênior, o objetivo da iniciativa é, por meio de um conjunto de ações envolvendo inovação do início ao fim do processo — da forma de abordagem e engajamento à apuração e manutenção dos resultados obtidos — garantir o controle da glicemia, buscando deter até mesmo doenças já em curso.

O exemplo é o caso de pacientes diabéticos que — por conta do comprometimento da retina que é um dos resultados do descontrole da glicemia — já faziam uso de injeções intraoculares numa tentativa de preservar a visão, já que os problemas causados pela diabetes podem levar à cegueira definitiva em um curto espaço de tempo. “Trata-se de uma doença que traz consequências muito severas quando fora de controle, comprometendo a longevidade, a qualidade de vida e o bem-estar do paciente. O que está em jogo num paciente com a diabetes fora de controle é sua perspectiva de viver mais e melhor e manter funções vitais como a renal e muito importantes como o sentido da visão”, explica Maia.

Por meio do projeto, os beneficiários receberam, sem custo extra, sensores e insumos que permitem o monitoramento constante por meio de um aparelho de medição digital, também doado, e de um app desenvolvido especialmente para a função. “Foi desenvolvido todo um trabalho de motivação, engajamento e treinamento para o uso dos recursos disponíveis. O paciente entendeu que o controle da doença poderia estar, inclusive de forma literal, em suas mãos”, conta o médico .

Com acompanhamento multidisciplinar de uma equipe com acesso a informações sobre sua rotina, esse paciente ampliou as possibilidades de medição, com dados disponibilizados de forma online para médicos, enfermeiros e nutricionistas. Dessa forma, passou a receber orientação personalizada, podendo inserir detalhes sobre medicações, doses de insulina, alimentos consumidos, entre outros dados”, explica Maia.

Ao longo de seis meses, além do monitoramento realizado várias vezes ao dia, o beneficiário passou por três medições da hemoglobina glicada, marcador que indica a glicemia média mantida pelo paciente de forma geral, e não apenas pontual. Para se ter ideia, esse índice, entendido pela comunidade científica e de especialistas como um marcador cuja redução tende a ser mais difícil e demorada, sofreu melhora significativa: no início do projeto, 89% dos pacientes estavam com a taxa acima dos padrões recomendados. Passados seis meses, 64% desses já tinham a hemoglobina glicada sob controle.

 

Além disso, outro resultado impactante diz respeito aos pacientes que já faziam uso de injeções intraoculares para conter lesões de retina que levam à cegueira. Do total deles, 63% tiveram alta do tratamento oftalmológico, restabelecendo a visão antes de uma situação de cegueira irreversível.

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