Institutos Jô Clemente e Serrapilheira farão pesquisas de doenças raras

O Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual e ou transtorno do espectro autista (TEA), assinou um acordo de cooperação com o Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada e sem fins lucrativos de fomento à ciência e à divulgação científica no Brasil. A parceria tem o objetivo de realizar editais e chamadas públicas conjuntas para apoio de projetos desenvolvidos por pesquisadores de instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas, com temas afins com a atuação do IJC.

“É uma grande honra firmar essa parceria com o Instituto Serrapilheira, uma organização que é referência no fomento à pesquisa e que busca valorizar a Ciência brasileira. O IJC tem o conhecimento e a inovação como guias do trabalho desenvolvido na instituição, buscando sempre incentivar a produção de pesquisas sobre deficiência intelectual, TEA e doenças raras que auxiliem o processo de inclusão e de promoção da qualidade de vida das pessoas”, diz Edward Yang, gerente do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (Cepi) do IJC.

Como parte do acordo será lançado nesta terça-feira, 1º, um edital por meio do qual o IJC financiará pesquisas na área de doenças raras de origem genética, que são diagnosticadas atualmente em fase tardia no Brasil. Serão aceitos candidatos que possuam título de doutor e tenham um cargo permanente — como professores ou pesquisadores, por exemplo — em universidade, instituto ou entidade sediada no Brasil, pública ou privada. Também podem se candidatar sócios de empresas ou startups de base tecnológica e servidores públicos em cargos técnicos.

Para essa chamada será destinado o valor global de R$ 900 mil. O IJC fomentará projetos de pesquisa com orçamento máximo de até R$ 300 mil, com previsão máxima de execução de até dois anos. A seleção, em duas etapas, é realizada por revisores internacionais.

“Esta é a primeira vez que o Serrapilheira mobiliza cientistas a buscarem respostas para um desafio específico e aplicado, como é o caso da busca por diagnósticos precoces de doenças raras, e estamos muito contentes de nos unirmos ao IJC nessa missão”, afirma a diretora de ciência do Instituto Serrapilheira, Cristina Caldas. “Buscamos cada vez mais parcerias com instituições não governamentais que possam capilarizar os recursos privados para a Ciência. Queremos, a partir da nossa experiência com chamadas públicas e financiamento à pesquisa, ajudar outras organizações privadas a fazerem doações” conclui a executiva.

Em julho, o Instituto Jô Clemente já havia firmado parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), passando a ser reconhecido como instituição-sede de pesquisa. Esses dois convênios têm o objetivo de alavancar ainda mais o protagonismo do IJC no diagnóstico precoce da deficiência intelectual, TEA e doenças raras.

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