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Homens são mais negligentes com os cuidados e 46% só procuram um médico quando sentem algo

por Redação
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Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que os homens ainda resistem em procurar atendimento médico para consultas e exames preventivos. A pesquisa realizada com 815 pessoas em todo o Brasil constatou que quase a metade dos homens acima de 40 anos (46%) só procuram um médico quando sentem algo. Os problemas mais frequentes apontados pelos entrevistados foram o sedentarismo (26%), a hipertensão (24%) e a obesidade (12%).

“Historicamente os homens são mais negligentes com a saúde do que as mulheres e, por isso, apresentam mais problemas crônicos como pressão alta, diabetes e obesidade por exemplo, que poderiam ser controlados se fizessem um acompanhamento de rotina. Muitas vezes esses casos acabam evoluindo para doenças mais graves por falta de um tratamento adequado”, explica o médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência médica em Urologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a expectativa de vida da população masculina em 2022 era de 72 anos, enquanto a feminina chegava aos 79 anos de idade. Ainda de acordo com o IBGE, na publicação mais recente da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, as mulheres procuram mais os serviços médicos do que os homens. “Pesquisas internacionais já apontavam que em média as mulheres têm cerca de três vez mais propensão a procurar os serviços de saúde do que os homens. Isso é bastante preocupante porque muitas das doenças que atingem a população masculina não apresentam sintomas, necessitando assim de exames complementares para a detecção e o tratamento precoce”, destaca Ruimário Coelho.

Uma dessas doenças silenciosas é o câncer de próstata, que atinge todos os anos cerca de 72 mil pacientes em todo o Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).  “Este é o segundo tipo de câncer mais comum na população masculina, atrás somente do de pele não melanoma, mas muitas vezes o diagnóstico é feito de forma tardia, o que pode comprometer o tratamento e, consequentemente, as chances de cura do paciente”, destaca Ruimário Coelho.

Entre os fatores de risco para o câncer de próstata estão a idade (o risco aumenta com o envelhecimento), histórico familiar, sobrepeso e obesidade. A orientação é que todos os homens acima dos 50 anos façam consultas regulares com um urologista e, se tiver casos de câncer de próstata na família, este acompanhamento deve começar aos 40 anos de idade.

Outra doença bastante comum na população masculina é a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que atinge cerca de 50% dos homens após os 50 anos e é mais prevalente com o avanço da idade, chegando a atingir 80% dos homens após os 90 anos. A HPB se caracteriza por um aumento excessivo da próstata, causando a compressão da uretra e afetando a qualidade de vida do paciente, podendo evoluir para quadros mais graves se não for tratada.

Entre as medidas preventivas para evitar o surgimento dessas doenças, o médico destaca a importância de manter bons hábitos e uma alimentação saudável, além de realizar um acompanhamento com o urologista de forma periódica. “O urologista deve ser visto como o médico do homem, assim como a ginecologia atende as mulheres por toda a vida. Por isso, a orientação é que todos os homens passem por consultas regulares com o urologista desde a adolescência até a terceira idade”, destaca.

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