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Mercado odontológico encerra 2019 com recorde histórico

por Redação
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O total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos superou a marca histórica de 26 milhões em 2019. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o segmento cresceu 7,2% em 2019 e firmou 1,7 milhão de novos vínculos, sendo 655,1 mil apenas nos últimos três meses do ano.

O resultado foi fortemente impulsionado pela contratação de planos empresariais, especialmente no Sudeste do País. Contudo, o setor também apresenta avanço expressivo dos vínculos individuais ou familiares. “Entre dezembro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, 1,2 milhão dos novos contratos foram feitos por empresas que decidiram oferecer o benefício aos seus colaboradores, normalmente como forma de atrair ou reter talentos. Um avanço de 6,9%”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Outro destaque é o incremento de 3,7% no total de planos odontológicos individuais. Enquanto os planos médico-hospitalares reduziram muito a venda desse tipo de plano por conta de desequilíbrios na regulação, para os planos odontológicos, esse é um mercado que deve continuar crescendo nos próximos anos”, completa.

Do total de 1,7 milhão de novos vínculos exclusivamente odontológicos detectados pela NAB em 2019, 1,2 milhão concentram-se no Sudeste do País, sendo 735,4 mil apenas em São Paulo. Das 27 Unidades da Federação, apenas duas registraram recuo no total de beneficiários deste tipo de plano. Em Alagoas, 1,9 mil vínculos foram rompidos no período analisado e, em Rondônia, 7,1 mil.

Planos médico-hospitalares

Por outro lado, 60,5 mil brasileiros deixaram de contar com os planos médico-hospitalares. Sendo que o impacto negativo no segmento se deve exatamente aos planos individuais e familiares. Ao longo do ano passado, 78,6 mil vínculos deste tipo foram rompidos. Já os planos coletivos voltaram a apresentar crescimento, com a adesão de 27 mil novos beneficiários. Desses, 15,9 mil são de planos coletivos empresariais.

Cechin pondera que apesar de os números não serem tão expressivos quanto os do setor exclusivamente odontológico, há boas notícias para se comemorar. “O crescimento da contratação de planos médico-hospitalares por empresas é um bom sinal para o setor. Reflete um reaquecimento gradual da economia, que tende a se refletir também em renda das famílias, gerando um ciclo virtuoso”, estima. O executivo acredita que se a economia nacional realmente engrenar o processo de recuperação que vem se desenhando, deveremos ver o começo da recuperação do setor que perdeu mais de 3 milhões de vínculos entre 2014 e 2017. “Hoje, o incremento de beneficiários de planos médico-hospitalares na categoria coletivo empresarial está aquém do aumento do emprego formal na economia brasileira, que tem saldo de 644 mil, segundo dados do Caged. Isso ocorre porque a maior parte dos novos postos de trabalho tem se concentrado nos setores de comercio e serviços, que historicamente oferecem o benefício do plano em proporção menos do que o industrial, por exemplo. Se o total de empregos voltar a crescer em todos os setores, a contratação de planos de saúde tende a acelerar”, analisa.

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