Criado há 20 anos na Austrália, o movimento do Novembro Azul é marcado pela conscientização e combate ao câncer de próstata. No Brasil, a Campanha começou a ser comunicada em 2011 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com reforço do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse é o segundo tipo da doença que mais mata homens no país, atrás apenas do câncer de pulmão, de acordo com o INCA. Segundo levantamento realizado pela Azos, insurtech de seguro de vida, entre 2018 e 2022, dos 592 mil óbitos por câncer, 79 mil foram causados pelo câncer de próstata.
Em 2021, o câncer de próstata alcançou o seu pico, representando quase 14% de todas as mortes por câncer em homens no Brasil. Já em 2022, a insurtech identificou uma pequena queda de 5,6% na quantidade de mortos pela doença. “Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal, a realização periódica de exames é fundamental para diagnóstico e tratamento precoces. O Novembro Azul tem um papel muito importante para ajudar a quebrar essa barreira”, conta Rafael Cló, cofundador e CEO da Azos.
De acordo com especialistas, o maior desafio do Novembro Azul é conscientizar a população masculina, que ainda é culturalmente resistente aos cuidados com a saúde. Estudos publicados no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2022, demonstram que o sexo feminino frequenta regularmente os sistemas de saúde em busca de exames de prevenção e de rotina, quando comparado aos homens, que o procura somente em casos de doenças. A intensificação das campanhas nos últimos anos, adotadas pelas empresas privadas e celebridades, estão sendo essenciais para a quebra do tabu e incentivo a realização dos exames periódicos.
Outra questão que tende a preocupar os homens é a posição, muitas vezes, do provedor majoritário da casa. Por isso, muitos homens, principalmente autônomos, buscam proteções de seguro para casos de doenças graves e afastamentos. Na Azos, por exemplo, a cobertura de doenças graves oferece ajuda financeira caso o segurado seja diagnosticado com alguma doença grave, incluindo câncer nos três níveis: leve, moderado e grave. Entre os meses de janeiro e setembro deste ano, a base dessa cobertura cresceu 187%, comparado com o mesmo período de 2022.
De acordo com Cló, 54% da carteira do Seguro Doenças Graves é representada por homens. “Essa cobertura serve como um complemento ao plano de saúde, uma vez que o plano cobre apenas despesas médicas (consultas, exames). Temos uma alta procura, principalmente, de profissionais autônomos que precisam exercer o trabalho para receber o retorno financeiro das atividades. Nesses casos, o seguro acaba sendo usado para, inclusive, cobrir algumas despesas familiares, como estudos dos filhos”, explica.
Um levantamento realizado pela Azos, identificou que, pensando em garantir a segurança financeira dos filhos em caso de falta, entre maio de 2021 e maio de 2023, aproximadamente 70% dos clientes que contrataram seguro de vida (em caso de morte) têm seus filhos ou cônjuges como beneficiários. A maioria desses segurados escolhem designar como beneficiário o cônjuge, provavelmente, devido à presença de filhos menores de idade, levando a uma escolha frequentemente direcionada ao responsável legal. Em pesquisa feita recentemente com os clientes da insurtech, dos 37% que afirmaram ter os filhos como beneficiários, 19% possuem filhos entre 2 e 10 anos.
Segundo a Azos, o cenário da pandemia despertou nas pessoas uma preocupação maior com a segurança financeira da família. A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) indica que a categoria cresceu 29% em 2021, 17,8% em 2022 e, até maio de 2023, 10,9%. Por isso, hoje as opções de coberturas de vida estão bem amplas e contemplam proteções, não só para falta, mas também para doenças graves e invalidez.