Idealizado pelas especialistas em Neurologia, Renata Simm, e Geriatria, Maristela Soubihe, começa a funcionar neste mês o primeiro Instituto de Neurogeriatria da capital paulista.
A iniciativa tem como objetivo unir as duas especialidades médicas em um único lugar, para oferecer tratamento para diversas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, além de um atendimento personalizado aos pacientes que tiveram um AVC e estão em fase de reabilitação.
Os cuidados com o envelhecimento e suas consequências são o foco da área de neurogeriatria, sobretudo porque os reflexos dessa enfermidade aparecem com intensidade no sistema nervoso. De acordo com o IBGE, a população brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Essa curva ascendente no número de idosos torna as doenças neurodegenerativas cada vez mais frequentes, impactando na qualidade de vida da população.
A nova unidade vai funcionar no complexo do Hospital Santa Paula, na zona sul da cidade, onde as idealizadoras são responsáveis também pelo Departamento de Neurologia e da área de Geriatria da instituição. “Com o aumento da expectativa de vida da população, cresce também a preocupação de como os idosos podem cuidar da saúde e manter uma qualidade de vida satisfatória. Estamos muito felizes de contar com o apoio do Hospital Santa Paula e sair na frente para oferecer um atendimento integrado e personalizado à população de São Paulo”, afirma a médica geriatra, Maristela Soubihe.
Já Renata Simm, médica neurologista, alerta que um dos principais desafios da medicina neurológica é o subdiagnóstico. “Muitas vezes o paciente começa a apresentar alguns dos sinais de Alzheimer, como perda de memória para fatos recentes, mas a maioria das pessoas encara esses distúrbios de comportamento com naturalidade por desconhecimento e custa a entender que se trata de uma doença grave e que deve ser tratada com urgência”, explica.