A responsabilidade dos gestores dentro do ecossistema de saúde

Celebramos no último 2 de julho o Dia do Hospital, uma data para parabenizar as instituições que são imprescindíveis para o sistema de saúde brasileiro e para o bem-estar de todos nós. Mas além das felicitações a todas as instituições, é necessário fazer uma reflexão sobre o futuro delas, a conexão entre os diversos atores que fazem a roda girar e a responsabilidade que temos dentro do ecossistema de saúde do País.

Dentro da minha experiência, sei que temos grande papel na ponte entre fornecedores de produtos e serviços com as principais necessidades dos gestores de saúde. Cada movimento impacta na qualidade do atendimento do profissional e na forma em que o paciente é atendido. E pensando nesse caminho, nas dores e nos desafios do setor, sei que a confiança será a palavra-chave para todos.

Olhando no presente e para as soluções que estarão disponíveis no mercado, prezar pelo custo-benefício sem cair em “tentações” que podem custar caro é essencial para gerar qualidade e confiança no atendimento. Existem exemplos de como uma solução não homologada, um serviço de infraestrutura feito de qualquer forma ou até mesmo um parceiro que não seja equivalente com o porte daquele hospital pode gerar enormes transtornos, que significam vidas afetadas na prática.
Por isso, pensando nas bases, é importante os padrões e os atores reconhecidos pelo próprio setor sejam prioridade. Das tecnologias à gestão estratégica, dos serviços especializados até a seringa que é utilizada na enfermaria, é essencial construir pontes sólidas com parceiros qualificados.

Já para o futuro, a perspectiva de atendimento e do que é ofertado para o paciente envolve tecnologia, inovação e qualidade. Mesmo que não seja um discurso novo, mas esses três pontos ainda possuem grande relevância e precisam estar na pauta do gestor hospitalar. Segundo a PwC, 24% dos CEOs de saúde no Brasil pretendem diversificar a oferta de produtos e serviços.

Outro sinal é que 24% dos CEOs da saúde no País também apontam que startups ou empreendedores serão os principais parceiros para a criação de novas fontes de geração de valor no setor. Eles são parte do ecossistema que irá mudar e colaborar para um ambiente hospitalar moderno e que atenda às necessidades da população. É um olhar para a frente que preza a excelência no trabalho.

Tudo isso será somado ao histórico de luta e de desenvolvimento na história dos hospitais brasileiros. Temos um passado importante, mas que não resultaria em um presente factível sem os padrões de excelência e inovação que aliam qualidade com a massificação do atendimento.

Por este motivo, é essencial confiar na inovação e buscar inovações de confiança, beneficiando a todos os atores da saúde. E por isso temos uma grande responsabilidade ao caminhar junto com os hospitais, seja com produtos, serviços ou consultoria, transformando a realidade de cada paciente atendido.

*Bruno Trindade é diretor executivo da Healthcare Alliance.

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