A Siemens tem apoiado e disponibilizado seu conhecimento e suas soluções em diversas iniciativas no Brasil e no mundo para ajudar no combate à COVID-19. Uma dessas iniciativas foi em parceria com a GreyLogix, empresa de automação industrial e integrante do programa Solution Partner da Siemens. Com o avanço da pandemia, a GreyLogix percebeu um desafio na região entre os municípios de Mafra (SC) e Rio Negro (PR), no sul do país, onde está localizada: caso o número de infectados crescesse exponencialmente, as duas pequenas cidades dificilmente teriam respiradores em número suficiente para atender os infectados pelo novo coronavírus.
A falta de respiradores é uma das maiores preocupações das autoridades durante a pandemia. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 60% das cidades não possuem respiradores. Por conta desse cenário, a GreyLogix decidiu produzir internamente respiradores para serem usados nas instituições de saúde da região. O foco de negócios da empresa é a indústria de alimentos, bebidas, papel & celulose, química, entre outros – não a área da saúde. Portanto, o desafio era enorme. Dessa maneira, para garantir que o equipamento produzido seguisse os requisitos clínicos necessários, o time da empresa trabalhou em conjunto com médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da prefeitura de Mafra e de cidades vizinhas, validando os resultados com equipe médica e de engenharia clínica do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis (SC). O projeto contou também com apoio do SENAI e da empresa SC Hospitalar, em São José (SC), para realizar aferições no equipamento.
Para garantir a escala e a velocidade da produção, a GreyLogix acionou a Siemens para auxiliá-la com o fornecimento de suas tecnologias. Entre as soluções da Siemens estão: uma tela gráfica sensível ao toque que permite que a equipe médica visualize à distância a situação de oxigenação dos pacientes, assim como ajustar o funcionamento com apenas alguns movimentos das mãos; e um controlador lógico programável que analisa em tempo real os dados gerados pelos sensores dos respiradores, criando alertas e executando comandos pré-programados. Esses dados podem ser analisados por médicos e enfermeiros a partir de uma estação central e não apenas no leito do paciente, o que agiliza o atendimento durante uma emergência e diminui a margem de erros.
“Na Siemens, acreditamos que precisamos tornar real aquilo que realmente importa para a sociedade. Em tempos de pandemia, trabalhar com projetos de respiradores se tornou uma das prioridades da empresa. A GreyLogix surgiu no horizonte no momento em que prospectávamos iniciativas voltadas para a crise do novo coronavírus, com as quais pudéssemos contribuir. É muito gratificante quando trabalhamos com propostas que fazem diferença na vida das pessoas.”, comenta o executivo da área de Factory Automation da Siemens, Daniel Guimarães. Como resultado desse esforço conjunto, os respiradores foram criados no tempo recorde de três semanas e agora aguardam a aprovação da Anvisa.
Impressão em 3D com Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Outra iniciativa da Siemens foi com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. A empresa identificou um projeto no hospital que tinha como objetivo desenvolver uma válvula em impressão 3D que permitiria utilizar, de maneira segura, respiradores não invasivos, evitando riscos de contágio da equipe médica durante o tratamento e permitindo também que pacientes contaminados e casos suspeitos pudessem conviver no mesmo ambiente.
Contando com apoio interno da Siemens Digital Industries Software, e com apoio do Instituto Biofabris/Unicamp, o processo para elaboração da peça levou menos de 15 dias e agora segue para o regime de produção em escala.
“Foi uma grande vitória. Fizemos algo de muita relevância, em ritmo emergencial, como a situação demanda. Mostramos mais uma vez como a Siemens é uma parte importante da sociedade, seja por meio de suas tecnologias, seja integrando pessoas de diferentes capacidades”, diz o gerente de Contas Corporativas da Siemens, Rodrigo Melo.
Em seu último levantamento, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz informou que já utilizou o sistema em 29 pacientes, com excelentes resultados. Destes, sete pacientes já receberam alta hospitalar e os outros estão se recuperando.