Cada vez mais presente na Saúde, a Inteligência Artificial (IA) é uma das principais aliadas para a promoção da experiência do paciente e para uma gestão hospitalar de excelência. No setor de tecnologia da informação (TI), em especial naqueles que possuem uma infraestrutura interna, a IA atua como ferramenta para o aumento da eficiência operacional, segurança, automação de processos e para a escalabilidade. Essa atuação em conjunto com a IA – segundo estimativas da Accenture publicada em 2023 – pode gerar uma economia anual de até R$20 milhões para o setor, no Brasil, até 2026.
Felizmente, o diferencial de se investir em ferramentas de IA já faz parte do planejamento da gestão dessas instituições, em especial as de âmbito particular. É tanto que, de acordo com o estudo “2024 Global Health Care Sector Outlook”, publicado pela Deloitte, mais da metade dos hospitais privados da América Latina implantarão, no mínimo, uma solução de IA voltada aos sistemas críticos de TI até 2027.
“Sistemas críticos de TI são aqueles cuja falha pode provocar sérios danos tanto à instituição como ao paciente. Como exemplo desses sistemas temos o prontuário eletrônico do paciente (PEP), os de gestão hospitalar (HIS/ERP), os de apoio ao diagnóstico e tratamento, e o de segurança cibernética. Sem essas ferramentas atuando em conformidade, provavelmente boa parte da operação irá parar”, explica Filipe Luis, líder da plataforma de segurança e continuidade da Flowti, empresa com expertise em infraestrutura de TI para negócios de missão crítica.
Assim, para o especialista da Flowti, ao contar com a IA, a instituição conseguirá reduzir a ocorrência de falhas e danos em sua infraestrutura de TI. “Isso acontece porque a tecnologia apoia na otimização de configurações e atualizações e identifica quedas de desempenho antecipadamente. Ela também detecta padrões anormais na rede e, ainda, detecta ameaças e vulnerabilidades. Mais do que evitar quedas de sistema, estamos falando de preservar a confiança do paciente em um ambiente hospitalar cada vez mais digital”, complementa.
Além disso, a IA contribui para o gerenciamento inteligente dos dados sensíveis, afinal, através de análise, ela “determina” qual o melhor ambiente (cloud ou on-premises) para o armazenamento da informação – levando em consideração as conformidades da LGPD, disponibilidade e continuidade operacional.
Por fim, incluir a Inteligência Artificial na infraestrutura de TI hospitalar é muito mais que uma tendência, é um passo estratégico para a sustentabilidade operacional, para a segurança dos dados, continuidade dos serviços de saúde, além de representar um salto de décadas em maturidade tecnológica.