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Inovação na saúde: 5 tecnologias que irão revolucionar o setor

por Colaboradores
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A pandemia trouxe inúmeras mudanças para diversos segmentos e uma delas foi o avanço tecnológico. De acordo com a consultoria McKinsey, houve um salto de cinco anos em termos de transformação digital em questão de oito semanas. E na área da saúde não foi diferente, a pandemia intensificou o uso de soluções inovadoras. Apesar do longo caminho que temos pela frente, clínicas, hospitais, médicos e operadoras de planos de saúde utilizam cada vez mais softwares e hardwares para melhorar o atendimento aos pacientes, otimizar a gestão e reduzir custos.

Uma das  tecnologias que devem revolucionar o setor da saúde nos próximos anos é a Internet das Coisas (IoT). Já pensou ter uma pulseira que monitore a pressão arterial de um hipertenso, emita alertas e gere relatórios para acompanhamento clínico? Apesar de já existirem devices com essas funcionalidades, o custo ainda é muito alto e não acessível, além de não terem padrões médicos estabelecidos. Mas essas iniciativas mostram como a Internet das Coisas (IoT) veio para ficar na área da saúde. Incorporar sensores, software e outras tecnologias a objetos de uso comum e diário pode auxiliar na prevenção de diversas enfermidades, evitar consultas e exames sem necessidade e garantir mais qualidade de vida a milhões de doentes crônicos.

Não poderíamos deixar de fora dessa lista a telemedicina. Com a autorização concedida enquanto durar a pandemia e cuja regulamentação definitiva está em discussão no Congresso, o uso da telemedicina tem se consolidado e a tendência é que responda por boa parte dos atendimentos de rotina no futuro. Por meio de tecnologia simples, é possível fazer o atendimento remoto de pacientes – inclusive daqueles fora dos grandes centros e que enfrentam mais dificuldade de consultas especializadas. O recurso garante rapidez, menos custos e acesso amplo ao atendimento médico.

Uma pesquisa da Conexa Saúde e Datafolha apontou que 73% dos pacientes que já fizeram uma consulta online voltariam a fazer e até poderiam adotar a prática habitualmente. Essa aprovação aparece também em uma análise da consultoria McKinsey, que estima que as receitas decorrentes do atendimento médico por telemedicina, farmácia e aparelhos vestíveis irão aumentar de US$ 350 bilhões, em 2020, para US$ 600 bilhões em 2024.

Outra tecnologia que deve estar em alta é a inteligência artificial. Com o uso de ciência dos dados e inteligência artificial, é possível analisar inúmeras informações que já são coletadas dos pacientes – pressão arterial, nível de colesterol, entre tantos outros – e trabalhar com uma medicina preditiva. Isso significa usar essa massa de dados e transformar em valor, usar as informações para construir cenários, parâmetros e atuar de forma preventiva e com tratamentos precoces. A medida evita sobrecarregar os sistemas de saúde – tanto público como privado – com consultas de rotina ou exames desnecessários, além de reduzir custos. Soluções inovadoras e softwares de gestão também permitem agilizar e automatizar processos burocráticos, como autorizações, preenchimento de cadastros e de prontuários, o que auxilia nessa otimização de tempo e de recursos.

O relatório “The Future Health Index 2021”, que ouviu mais de três mil gestores em Saúde de 14 países (incluindo o Brasil), aponta que os líderes do setor estão usando atualmente as tecnologias de IA para otimizar a eficiência operacional (19%). Nesta área, os principais investimentos serão em tecnologias capazes de integrar diagnósticos (32%), prever resultados (30%) e para apoio à decisão clínica (24%).

Técnicas de machine learning também podem ser aplicadas em diversos setores e processos na área de saúde. Por exemplo, podem auxiliar no diagnóstico precoce de diversas doenças ao criar parâmetros em exames de sangue e imagem. Outra área que pode ser beneficiada é a de triagem. O usuário chega ao pronto-atendimento e, ao informar os sintomas, os dados que já constam no sistema ajudam a encaminhar o paciente ao especialista ou tipo de consulta mais adequada.

As vantagens dos usos dessas tecnologias é que se ganha tempo em atividades mais burocráticas e permite focar a atenção em um atendimento mais humanizado e completo quando se está diante do médico ou profissional da saúde. Outro ponto positivo é que concede mais segurança de diagnóstico e tratamentos, já que engloba uma massa de dados muito maior.

Outro destaque deve ser a tecnologia blockchain. Quando um usuário de plano de saúde é atendido em outro município, por exemplo, é necessário que as operadoras façam o que chamamos de intercâmbio. Eles precisam enviar os dados e a fatura para o município de origem para que o atendimento seja contabilizado e parte desse processo ainda é feito manualmente. Com o uso de blockchain,  que registra dados e transações de forma distribuída e transparente, é possível tornar a troca de informações mais segura e ágil. Essa tecnologia também pode auxiliar no controle de estoques de medicamentos em um hospital e no armazenamento e alterações de prontuários médicos eletrônicos. Além de fazer o acompanhamento de pedidos de exames e prescrição por médicos, o que ajuda a evitar possíveis falhas e fraude.

Daniel Torres, CEO da Zitrus, healthtech que desenvolve softwares de gestão para operadoras de planos de saúde. Torres  foi executivo na Oracle e no Gartner.

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