quinta-feira, novembro 21, 2024
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Projeto da UNIDAS e autogestões reduziu em mais de R$ 5 milhões custos com tratamentos de doenças autoimunes

por Redação
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Manter a sustentabilidade financeira de uma autogestão, principalmente quando se fala em tratamentos de doenças autoimunes e de alto custo, é um desafio enorme. E foi justamente para oferecer um tratamento multidisciplinar com enfermeiros, médicos, farmacêuticos, nutricionistas e psicólogos que três empresas de autogestão em saúde filiadas à UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), assumiram esse desafio de desenvolver o primeiro centro de infusão compartilhado (CIC) de Minas Gerais.

A clínica, especializada na aplicação de medicamentos via infusão e que precisam de acompanhamento médico, teve inicialmente, em sua fundação em 2023, a gestão compartilhada entre Cemig Saúde, Copass Saúde (Associação de Assistência à Saúde dos Empregados da Copasa) e FUNDAFFEMG.

Desde o início das atividades, o CIC já registrou mais de 1.800 atendimentos a 1243 pacientes, e uma economia de mais de R$ 5 milhões, principalmente por conta da redução de 31% no desembolso para a compra dos medicamentos. De acordo com Flávia Magalhães Alves, gestora do Serviço de Medicina Preventiva do Centro de Promoção de Saúde da FUNDAFFEMG, “esses números revelam a importância do CIC na saúde suplementar, já que, no tratamento de algumas doenças em que é necessária a aplicação da medicação intramuscular, oral, subcutânea ou endovenosa, houve redução no custo e um atendimento de mais qualidade”. O presidente da UNIDAS, Anderson Mendes, reforça ainda que há o interesse em replicar a experiência em outros estados, já há conversas em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. “Queremos cada vez mais que projetos como esse sejam implementados pelas nossas filiadas”, disse.

Localizada próximo a uma área de hospitais no centro da capital mineira, a clínica conta com 450 m² de área construída e capacidade de atendimento de até 2 mil pacientes por mês. Hoje, o CIC conta também com a participação da CASSI e PASA.

Para Anderson Mendes, o projeto consolida a visão de compartilhamento que a entidade tem com suas filiadas. “As operadoras de autogestão, por suas características e restrições regulatórias, estão ainda mais pressionadas do que o restante do mercado da saúde suplementar. Por isso, é fundamental termos alternativas inteligentes para lidar com os custos crescentes. Como as autogestões não concorrem entre si, compartilhar infraestrutura de serviços é um ganho para todos”, explica.

Segundo ele, o CIC é o primeiro centro gerido de forma combinada, centralizando um serviço que antes era contratado individualmente. “As vantagens do modelo são claras: as operadoras têm um ganho de eficiência financeira e inteligência na gestão do paciente, entregando melhores desfechos com menor custo, isto é, eficiência”, conclui.

O CIC é voltado para o atendimento de pacientes que precisam de acompanhamento médico durante todo o período de tratamento, que pode levar anos, o que implica no correto armazenamento do medicamento, bem como da manipulação e descarte corretos, o que exige infraestrutura e profissionais capacitados para realizar o acolhimento e o tratamento completo.

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