O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) consolidou-se como referência nacional em atendimento à saúde ocular. A instituição é a maior captadora de córneas do país, tendo recebido mais de 15 mil doações apenas em 2023, além de receber pacientes de vários estados que precisam passar por um transplante ou outro procedimento ocular mais complexo.
Recentemente, o BOS rompeu as fronteiras do estado de São Paulo e tem prestado atendimento também para a população do estado de Rondônia, desde outubro de 2023. A iniciativa teve início com o apoio da deputada federal Silvia Cristina (PL-RO), que identificou uma lacuna no acesso a serviços oftalmológicos naquele estado.
A deputada destinou uma emenda para iniciar um projeto de atendimento oftalmológico feito pelo BOS em Rondônia. O superintendente do Banco de Olhos de Sorocaba, Edil Vidal, comenta que a ação foi essencial para transformar vidas e oferecer novos cuidados em saúde para a população local.
“Rondônia enfrentava uma carência muito grande nessa área de Oftalmologia. A deputada federal Silvia Cristina acreditou no BOS e destinou uma emenda para iniciar um projeto de atendimento, pensando no crescimento gradativo. Com o recurso que ela mandou, nós conseguimos colocar dois médicos inicialmente na cidade rondoniense de Cacoal”, conta Edil.
Atualmente, o BOS conta com especialistas em catarata e em retina na região, onde há a maior demanda da saúde pública nesta área da oftalmologia. Futuramente, a instituição pretende expandir o atendimento para outras cidades de Rondônia. O superintendente comenta que as duas doenças podem ser críticas, se não forem adequadamente tratadas, levando pessoas à cegueira.
“Com o início do projeto e seu crescimento gradativo, os pacientes já estão sendo atendidos. A deputada já fez destinação de mais recursos e tem a intenção de aumentar essa estrutura em Rondônia, para que a gente tenha o menor custo de atuação e possibilite um crescimento cada vez maior desse tipo de atendimento”, ressalta Edil.
Além de diminuir o tempo de espera por consultas oftalmológicos no estado, o projeto também agiliza processos de encaminhamento para casos mais complexos. Se o paciente necessitar de um transplante de córnea ou de um procedimento mais específico, ele é encaminhado para Sorocaba, no interior de São Paulo, tudo financiado com recursos do Ministério da Saúde.
“Os casos que não são possíveis de serem atendidos em Rondônia são direcionados para Sorocaba, como de transplante de córnea. Porém, a estrutura no estado tem ajudado muito a agilizar o atendimento da população rondoniense”, destaca Edil.
Projeto Rio de Janeiro
O superintendente do BOS comenta que o projeto em Rondônia está servindo como modelo para outros estados, despertando o interesse de mais legisladores em apoiar iniciativas semelhantes. O deputado federal Hélio Negão (PL-RJ), do Rio de Janeiro, foi um dos que se inspiraram nesse trabalho do BOS.
“O deputado Hélio entende que o BOS é uma das principais referências de transplante de córnea para o estado do Rio de Janeiro. Ao compreender que os recursos para transplantes são fornecidos pelo Ministério da Saúde e não cobrem outras necessidades oftalmológicas, ele decidiu destinar recursos adicionais para que a instituição pudesse expandir seus serviços e oferecer mais tratamentos aos pacientes cariocas”, explica Edil.
Apenas em 2023, foram mais de 19 mil pessoas de todos os cantos do Brasil atendidas no Hospital Oftalmológico de Sorocaba. Os estados de Minas Gerais, com 7.127 pacientes, e do Rio de Janeiro, com 6.992 pacientes, foram os mais beneficiados com os procedimentos da instituição.
A parceria com os deputados fortalece os projetos em outras partes do país e também possibilita um atendimento de qualidade para a população.
“Hoje, recebemos pacientes de todo o Brasil para transplantes de córnea, mas estamos limitados aos recursos do SUS. Com o apoio dos deputados federais, podemos ampliar nosso alcance e oferecer atendimento a mais pessoas”, enfatiza o superintendente do BOS. Ele revela que a intenção do deputado federal carioca é estruturar um serviço de atendimento de oftalmologistas vinculados ao BOS e que hoje moram no Rio de Janeiro, o que é uma parcela significativa da instituição.
“Atender pacientes de outras regiões tornou-se uma prática constante para o BOS e foi essa demanda que impulsionou a construção do Hospital Oftalmológico. Anteriormente, ao encaminhar córneas para outras localidades do Brasil, as pessoas passaram a reconhecer nossa capacidade de atendimento. No entanto, ficamos limitados pelos recursos regionais do SUS, o que restringiu o acesso de pacientes de outras áreas. Com o desenvolvimento e a evolução do projeto, estabelecemos parcerias com os deputados federais para aprimorar o atendimento aos pacientes”, explica Edil.
O BOS também pretende criar uma rede com profissionais de todo o Brasil. A ideia é desenvolver uma estrutura de serviços ligados à instituição e, como consequência, beneficiar a população que precisa.
“Esses dois especialistas que estão em Rondônia fazendo inicialmente esse trabalho ficaram muito entusiasmados, porque o serviço está crescendo a cada dia. É muito bom para eles e para a população que está sendo beneficiada. Esse é um trabalho social que fortalece nossa missão como uma entidade filantrópica e podemos ajudar o mundo a ganhar com isso”, completa o superintendente do BOS.
