Mais do que entender as razões pelas quais os colaboradores chegam à exaustão no ambiente de trabalho, possibilitar uma ferramenta capaz de antecipar possíveis riscos e variáveis dentro de um programa de governança estruturado e baseado em dados. Isso porque o Brasil registrou o maior índice de pessoas afastadas pelo INSS por problemas de saúde mental em 2024. É aqui também que, antes da pandemia, já registrava uma das taxas de turnover mais altas do mundo (82%).
Dados do Ministério da Previdência Social mostram ainda que, em 2024, foram 3,5 milhões pedidos de licença no INSS motivados por várias doenças. Desse total, 472 mil solicitações foram atendidas por questões de saúde mental. No ano anterior, em 2023, foram 283 mil benefícios concedidos por esse motivo. Ou seja, um aumento de 68% e um marco na série histórica dos últimos 10 anos.
É neste sentido e, à frente do mercado, que nasce a Zenith, uma plataforma de saúde mental, que mede o estresse organizacional dos colaboradores e fomenta iniciativas para prevenção de doenças como burnout, estresse ocupacional e absenteísmo. Com métodos e procedimentos validados cientificamente, a ferramenta segue o rigor e padrão de pesquisa internacional, além de atender os requisitos da norma regulamentadora NR-1.
Desenhada a partir de algoritmos mapeados por um time de saúde em tecnologia, a ferramenta desenvolve um plano de ação e ainda monitora os grupos e o indivíduo. Nesta empreitada, lidera o projeto o médico corporativo e CEO do Zenith, Dr. Glauco Callia, ao lado do especialista em inteligência de dados, Rodrigo dos Anjos, cofundador e CTO. Empresa parceira do Grupo Mast – focado na gestão da saúde ocupacional corporativa e segurança do trabalho -, soma uma carteira de mais de três mil clientes de diversos segmentos, de destaque nacional e internacional. Embora a tenha como investidor, a plataforma funciona de forma independente, com identidade, propósito e operação própria. “A saúde mental é um pilar estratégico para o crescimento e a sustentabilidade das organizações. Somado a isso, um programa robusto, tecnológico e de alta performance que monitora o estresse corporativo, que tem como consequência o impacto no bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores. Sem dúvida, esse quesito nos fez apoiar esta causa. Um programa de ações que não só mitiga os impactos negativos do estresse organizacional – maior causa de adoecimento e afastamento no ambiente de trabalho -, mas valorize a importância de um ambiente propício para criatividade”, explica Marta Pedrosa, do Grupo Mast.
IA na saúde mental
Por meio de soluções baseadas em inteligência artificial e análise preditiva, a ferramenta identifica e resolve as causas reais do estresse organizacional. Em outras palavras, foca na causa-raiz dos problemas psicossociais para evitar o aparecimento de novos casos. Foi desenvolvida a partir de um método global, estudado há mais de 10 anos no mercado, a partir da aplicação de questionário HSE, do inglês EHS – Environment, Health and Safety, desenvolvido pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e validado pelo National Health System (NHS), de fácil compreensão que pode ser respondido rapidamente.
“A plataforma segue o rigor e padrão da avaliação de risco psicossocial, classificado em três níveis: baixo, moderado ou alto. Nascemos para desafiar o status quo do nosso setor e expandir o olhar sobre a saúde mental corporativa. Queremos redefinir a maneira como o mercado trata o bem-estar organizacional. Não oferecemos serviços psicológicos – nosso propósito vai muito além do apoio individual dos colaboradores -, afinal levantamos e tratamos o dado, sugerimos e executamos o plano de ação e monitoramos os grupos e indivíduos, um programa de governança que pensa de ponta a ponta”, afirma Glauco.
Como tudo começou
Revisitando o passado, foi durante o alistamento militar que o Tenente Médico, Dr. Glauco Callia, a bordo do navio Hospital da Marinha Brasileira Oswaldo Cruz, foi designado para o atendimento em populações carentes e residentes de zonas fluviais de conflito na Amazônia Ocidental, além de coordenar as ações logísticas e técnicas para realizar missões militares e humanitárias. Naquela época, ele, na nobre missão de zelar pelo cuidado do outro, não poderia imaginar a escala de prioridade que o tema da saúde mental ganharia no futuro, nem tampouco calcular os impactos financeiros que isso traria para as empresas.
Foi após a passagem de executivo em multinacionais globais como GSK e Caterpillar, que os insights começaram a aparecer motivados por uma perguntava “como as empresas garantem que seus funcionários tomem as melhores decisões, quando não há uma governança estruturada sobre o estresse organizacional?”. Dessa indagação, aparentemente ainda sem uma resposta convincente, o estudioso notou que poderia ir mais longe por meio da tecnologia. Motivado por um curso que fez sobre Arquitetura de Programas de Inteligência Artificial pelo MIT, veio o propósito de curar uma dor trazida pela maioria das empresas: como antecipar as causas que levam ao adoecimento mental e, de forma preditiva, evitar outras doenças.
“Eu, como médico corporativo, acredito que várias doenças da mente poderiam ser evitadas antes que elas se tornem os profissionais incapacitantes, desde que a liderança tivesse nas mãos o mapeamento dos fatores de risco que estão expondo e levando os colaboradores ao adoecimento. Com inteligência artificial e vigilância epidemiológica, conseguimos detectar sinais precoces de Burnout, por exemplo, e outras condições antes que se tornem crises. O futuro da saúde corporativa é preditivo, preventivo e profundamente humano.”, explica Callia, que é formado em Medicina há mais de 15 anos.
Usabilidade em consonância com a NR-1
A plataforma também vem para atender as mudanças da norma regulamentadora NR-1, que dita as diretrizes sobre saúde no ambiente do trabalho. Agora, o tema passa a ser fiscalizado nas empresas. Com isso, gestores são munidos com uma visão macro da equipe e, baseado nos resultados das respostas, criar um plano detalhado e personalizado. Ao médico do trabalho, fornece dados de estratificação de risco individual, conforme os moldes do NR-1. “Transformamos dados em decisões. Nossa missão é usar tecnologia para criar ambientes corporativos mais saudáveis, inovadores e produtivos. O futuro da gestão começa com propósito. Com a entrada em vigor da nova NR todas as empresas precisarão estar preparadas para gerenciar riscos psicossociais. O Zenith já nasce pronto para esse desafio, com governança, automação de planos de ação e aderência às principais normas globais, como a ISO 45003 e NR-17”, pontua Rodrigo dos Anjos, CTO do Zenith.
Outro enfrentamento é o absenteísmo e rotatividade das empresas que levam o mercado a um déficit bilionário não mensurado. Para se ter uma ideia, levando em conta caso a caso, nos Estados Unidos, perder um colaborador pode chegar a US $15 mil, em média, por demissão.
“A solução orientada por IA é uma ferramenta, um meio para um fim maior: prever e prevenir picos de estresse nas organizações. Ao fazermos isso, além de transformarmos o local de trabalho, contribuímos para uma mudança social mais ampla em direção a ambientes mais saudáveis. Com certificação para garantia dos dados e privacidade, obedecendo todas as questões de LGPD, a necessidade do controle da inteligência artificial, do plano de ação coordenado e direcionado de acordo com o Score e resultado de cada setor da empresa.”, finaliza dos Anjos, especialista em inovação e transformação digital pelo MIT e pela University of Cambridge, com mais de 20 anos de experiência como executivo de tecnologia de grandes empresas nacionais e multinacionais.
A empresa também está em fase de finalização para conseguir a certificação ISO 27001, que segue o padrão internacional de proteção de dados. Ao seguir a norma, a empresa assume o compromisso com a qualidade e confiabilidade dos serviços prestados.