terça-feira, março 4, 2025
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5 maneiras como a tecnologia moderna vem impulsionando a medicina

por Redação
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Buscando averiguar o sentimento global com relação ao avanço da inteligência artificial, uma pesquisa publicada pela Leaps by Bayer e Boston Consulting Group revela que a área da medicina atrai os melhores índices de aceitação junto ao público. Segundo o estudo, 64% das pessoas se consideram otimistas quanto aos impactos da IA no cuidado. Hoje, a digitalização está transformando a assistência hospitalar ao permitir a otimização de processos e o aprimoramento da segurança e precisão dos atendimentos. Por meio do avanço da tecnologia, profissionais passaram a contar com a possibilidade de diagnósticos mais ágeis, tratamentos personalizados e melhor gestão de recursos. 

Além da questão do entusiasmo, o tamanho desse impacto pode ser medido também financeiramente. De acordo com relatório da McKinsey & Company, a digitalização pode gerar uma economia de até US$100 bilhões anuais na saúde global. Essa economia resulta da redução de desperdícios, otimização de fluxos de trabalho e minimização de complicações decorrentes de tratamentos ineficazes. 

Apesar de todo o reforço positivo, Mathias Brem, sócio-fundador e diretor executivo de dados (CDO) da Rox Partner, consultoria referência em dados e cibersegurança, ressalta que a tecnologia não irá substituir o papel dos profissionais de saúde, mas sim ampliar suas capacidades, garantindo tomadas de decisão mais embasadas e assertivas. “A integração de IA nos hospitais permite que gestores e médicos tenham acesso a insights em tempo real, tornando a assistência mais assertiva, diminuindo riscos e melhorando a precisão das intervenções clínicas”, destaca.

Diante desse cenário, o especialista listou as cinco principais transformações geradas no setor da saúde a partir do avanço da IA. Confira:

1. Diagnósticos mais rápidos e precisos

Por meio do seu potencial atual, a IA possibilita a análise simultânea de múltiplos fatores clínicos, acelerando a identificação de doenças e aprimorando a precisão nos processos de diagnósticos. Brem explica que tal correlação é possível porque algoritmos treinados com grandes volumes de dados detectam padrões muitas vezes imperceptíveis para humanos, permitindo abordagens mais assertivas e personalizadas. Não à toa, um estudo da The Lancet Digital Health aponta que a IA pode aumentar a precisão dos diagnósticos em até 30%, além de reduzir erros médicos e tempo de internação. “A IA oferece um novo suporte essencial aos médicos, muitas vezes agilizando o início do tratamento, o que pode ser determinante para o prognóstico e também a cura da doença”, adiciona. 

2. Personalização dos tratamentos

Outra possibilidade atrelada ao recurso está na melhor integração dos dados clínicos e históricos do paciente. Tal possibilidade potencializa a escolha de terapias mais adequadas e reduz a dependência de protocolos genéricos. Com isso, há maior eficiência na resposta aos medicamentos, menor incidência de efeitos colaterais e uma diminuição significativa no tempo de recuperação. Para o CDO da Rox Partner, o avanço é especialmente relevante em áreas como oncologia e terapia intensiva, onde uma abordagem personalizada pode determinar a diferença entre um desfecho positivo e complicações graves. “A capacidade da IA de cruzar dados em tempo real melhora a tomada de decisão médica, resultando em tratamentos mais eficazes e seguros, adaptados às especificidades de cada paciente”.

3. Monitoramento inteligente e preditivo

Plataformas de IA hoje também são responsáveis pelo acompanhamento contínuo dos pacientes, identificando sinais precoces de complicações e permitindo ajustes imediatos no tratamento. O especialista detalha ainda que, diante da capacidade de identificar padrões sutis nos dados clínicos, essas ferramentas permitem uma resposta antecipada antes que o quadro se agrave, reduzindo custos e aumentando as taxas de sobrevivência. “Isso é essencial, por exemplo, no monitoramento pós-operatório e na prevenção da sepse, uma das principais causas de mortalidade hospitalar”, afirma. 

4. Eficiência na gestão hospitalar

Um outro efeito bastante potencializado a partir da IA é a gestão hospitalar. A  automação na administração melhora a alocação de recursos, reduz desperdícios e otimiza fluxos de trabalho de forma muito mais rápida do que a capacidade humana. “Imagine por exemplo o impacto da IA na gestão de leitos. A integração ocorrendo dentro de plataformas evita sobrecargas e melhora o atendimento ao prever demandas e sugerir alocações mais eficientes de equipamentos e espaços. Agora ele isso a demais aspectos, como a lotação hospitalar, gerenciamento dos medicamentos, controle de estoque”, pontua Mathias. 

5. Combate à resistência antimicrobiana

A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da medicina atual. A IA contribui diretamente para o uso racional de antimicrobianos ao recomendar antibióticos com base em dados específicos do paciente e padrões de resistência registrados. Tal abordagem baseada em evidências reduz a prescrição inadequada e, consequentemente, minimiza os riscos de resistência bacteriana. Segundo Brem, hospitais que adotaram sistemas de prescrição assistida relataram redução significativa na taxa de infecções hospitalares e no tempo médio de internação. “A tecnologia vem ajudando a transformar a gestão do uso de antibióticos, garantindo mais segurança para os pacientes e uma abordagem mais sustentável para a saúde global a longo prazo”, conclui o executivo da Rox Partner. 

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