De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20% da população mundial sofre algum tipo de problema intestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica, recorrendo à automedicação ou não fazem nada para resolver o problema. O microbioma ou microbiota [flora] intestinal contém dezenas de trilhões de micro-organismos e mais de 1.000 espécies conhecidas de bactérias com importantes funções no corpo humano. Entre elas, destacam-se a funções imunológica, antibacteriana e metabólica. Por isso, cuidar bem da microbiota é fundamental para manter a saúde do organismo e prevenir problemas que possam causar patologias futuras.
Além de manter uma alimentação saudável, com a ingestão de verduras, legumes, frutas, vegetais e fibras, que estimulam a produção dos prebióticos, é necessário, em determinados casos, que seja feita a suplementação com probióticos que atuam para melhorar o equilíbrio microbiano intestinal produzindo efeitos benéficos à saúde.
Pensando nisso e para celebrar a proximidade do Dia Mundial da Saúde Digestiva, comemorado no dia 29 de maio, a MyPharma2Go, plataforma de e-commerce crossborder que permite o acesso dos pacientes a medicamentos e suplementos internacionais, acaba de lançar o MyGut2Go, marketplace voltado para a saúde digestiva, que atua com marcas líderes de mercado recomendadas pelos melhores profissionais e produtos que fazem a diferença nas vidas das pessoas, como é o caso das marcas globais de vitaminas e suplementos nutricionais Garden of Life, Pure Encapsulations, Dr. Ohhira, Allergy Research, MicrobiomeLabs, Life Extension, Designs for Health, Seeking Health, Thorne, United Naturals, entre outras.
Segundo André Di Donato, CEO da MyPharma2Go, “na nova plataforma, além do acesso aos principais produtos do mercado, médicos e nutricionistas terão acesso a conteúdos específicos sobre microbiota, sua importância e impacto na saúde dos pacientes, potenciais tratamentos, além do mais avançado teste de microbiota do mundo, realizado através de coleta fecal”, explica Di Donato. “Através desse teste, o médico será capaz de fazer diagnósticos precisos sobre o estado geral da saúde intestinal do paciente, diversidade da flora, potenciais patógenos presentes, índice de disbiose, potencial inflamatório e muitos outros aspectos”, afirma.
Para a Dra. Karina Al Assal, nutricionista, palestrante e especialista em saúde digestiva, a saúde intestinal é de extrema importância para a saúde como um todo. “Hoje em dia já existem diversas pesquisas mostrando o impacto da microbiota intestinal em doenças, por isso, qualquer profissional da área da saúde precisa se dedicar a tratar o intestino antes de qualquer outra estratégia. Existem diversas maneiras que podemos cuidar do intestino. Primeiro, sempre vem a alimentação, que deve ser adequada para o intestino e sua microbiota intestinal, retirar alimentos alergênicos ou industrializados que possam sobrecarregar e atrapalhar o equilíbrio da microbiota intestinal, investigar a digestão, e, caso necessário, investir em enzimas digestivas ou plantas medicinais que auxiliam na digestão e claro o uso de pré e probióticos que vão contribuir repovoando o intestino com bactérias boas”, explica.
“A alimentação saudável e diversificada é fundamental para a saúde e constituição da microbiota intestinal”, reforça o Dr. Bruno Zylbergeld, doutor em microbiologia e CEO da Microbiota Scientific Solutions. No entanto, explica que existe uma forma de alterar esse sistema para evitar que patologias como a disbiose, por exemplo, que é o desequilíbrio da flora bacteriana intestinal, se desenvolvam. “Essa alteração pode ser feita através de ferramentas como os prebióticos, probióticos e paraprobióticos”, afirma.
“Até 2014, os prebióticos eram definidos apenas como fibras insolúveis. Hoje, qualquer substância ingerida que possa melhorar a microbiota intestinal é considerada um prebiótico. Existem vários prebióticos que só podem ser suplementados como o galactooligossacarídeos, frutooligossacarídeos, xilooligossacarídeos, inulina, amido resistente, entre outros, que são prebióticos extremamente tecnológicos que estimulam o crescimento de grupos bacterianos específicos”, diz Zylbergeld. Já sobre os probióticos, Bruno explica que são microrganismos vivos que atuam como “pequenos engenheiros ambientais”, colonizando e mantendo a população de microrganismos benéficos ao sistema digestivo, que também auxiliam na produção de inúmeras vitaminas, assim como os paraprobióticos, que atuam no estímulo imunológico.