Anualmente, o final do primeiro trimestre é marcado pelo reajuste dos preços dos medicamentos, que é normatizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), um órgão interministerial vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para definir o percentual, a CMED leva em consideração inflação acumulada, produtividade da indústria farmacêutica, custos de produção e comercialização, além dos preços internacionais.
E o reajuste dos medicamentos em 2025 deve chegar a 5,06%, ou seja, acima da inflação, o que deve impactar os preços de mais de 3.100 medicamentos, que representam 36% do total de produtos da lista do órgão.
Apesar de significar o teto, ou seja, o limite máximo para o aumento, muitos consumidores podem ser surpreendidos no momento da compra, caso não estejam atentos à mudança, descontinuando ou não aderindo a tratamentos essenciais para a manutenção da saúde.
Para se ter uma ideia, pesquisas realizadas pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2019, e pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), em 2018, indicam que quase a metade da população brasileira deixa de comprar medicamentos devido ao preço. E cerca de 30% de pacientes de doenças crônicas não aderem ao tratamento por conta do custo dos remédios.
Desta forma, os últimos dias de março merecem a atenção da população, pois podem ser muito estratégicos e oportunos, principalmente para quem tem doença crônica, faz uso de medicamentos contínuos ou passa momentaneamente por algum tipo de tratamento.
O consumidor pode manter o seu poder de compra e se organizar em relação aos tratamentos, antecipando a compra dos medicamentos. Não apenas para garantir preços sem ajustes, mas principalmente porque as principais redes de farmácia do Brasil aderem a campanhas de incentivo e apoio à população, garantindo parcelamento de até 10x e promoções e descontos que podem chegar a 85%.
O momento é ideal para priorizar a saúde, organizar a caixinha de remédios, garantir a manutenção dos tratamentos e, consequentemente, uma vida com mais qualidade e longevidade.
Renato Camargo, VP de Clientes nas Farmácias Pague Menos & Extrafarma.
