O avanço da cirurgia ambulatorial no Brasil, sob a ótica do modelo ‘out of pocket’, foi um dos destaques do III Simpósio SOBRACAM, realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Ambulatorial, na feira Hospitalar 2025. No evento, Ícaro Vilar, CEO do AmorSaúde, maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil, apresentou os números do AmorCirurgias, o braço da empresa dedicado a cirurgias eletivas.
A iniciativa atende à crescente demanda por serviços cirúrgicos acessíveis em um contexto em que mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardam por cirurgia eletiva no SUS, um crescimento de 26% em 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Com foco no modelo ‘out of pocket’, o AmorSaúde conecta pacientes e hospitais, oferecendo cirurgias com preço abaixo do mercado, parcelamento facilitado e suporte na coordenação da jornada do paciente, da triagem ao pós-operatório. Atualmente, a rede atua com o AmorCirurgias em 14 estados brasileiros e trabalha com a meta de dobrar a área de abrangência do programa até o fim de 2025, por meio de uma expansão para novas regiões do Brasil.
Segundo Vilar, o AmorCirurgias é a consolidação de um modelo de saúde cirúrgica mais ágil, acessível e humano. “Acreditamos que a cirurgia ambulatorial é um pilar fundamental para democratizar o acesso à saúde de qualidade. Nosso modelo entrega eficiência, reduz o tempo de espera e garante previsibilidade de custos para o paciente, sem depender da intermediação de planos de saúde”, afirma Vilar.
Como funciona o AmorCirurgias
De acordo com o executivo, o programa opera com foco em procedimentos de baixa e média complexidade, como vasectomia, colecistectomia, cirurgia de hérnia, varizes, laqueadura, blefaroplastia e catarata, por exemplo. As operações são realizadas nos mais de 70 hospitais parceiros credenciados, seguindo protocolos clínicos rigorosos.
Vilar explica que o êxito do AmorCirurgias está ancorado em diferenciais estratégicos que garantem que o modelo possa ser replicado de forma eficiente em diferentes regiões do país, mantendo a qualidade do atendimento e o controle de custos. O programa conta com uma operação integrada que inclui protocolos padronizados de avaliação pré-operatória nas unidades da rede e uso intensivo de inteligência de dados. Segundo o CEO, uma clínica AmorSaúde de médio porte, que realiza cerca de seis mil consultas médicas mensais, possui potencial para possibilitar o encaminhamento de até 300 cirurgias eletivas de baixa e média complexidade por mês.
De acordo com Vilar, o AmorCirurgias negocia diretamente com os hospitais, assumindo a coordenação de toda a jornada do paciente, da triagem à cirurgia e ao pós-operatório. “As indicações cirúrgicas são realizadas por médicos que já acompanham a jornada do paciente, e isso permite maior assertividade e continuidade no cuidado”, ressalta o CEO. Apenas pacientes de baixo risco são encaminhados, e os hospitais parceiros reavaliam cada caso, garantindo segurança clínica e previsibilidade de custos para todos os envolvidos.
Em 2024, o programa possibilitou a realização de mais de cinco mil procedimentos, enquanto em 2025, apenas no primeiro trimestre, já foram feitas 1.500 cirurgias. Mantido o ritmo atual, a empresa deve fechar 2025 com um crescimento de 20% no volume de cirurgias ambulatoriais em relação ao ano passado. Com 485 clínicas próprias e presença em todos os estados do Brasil, o AmorSaúde realiza mais de 18 milhões de consultas por ano, promovendo acesso também a exames, odontologia e a cirurgias eletivas ambulatoriais. Para o executivo, o crescimento desse modelo evidencia a viabilidade do sistema ‘out of pocket’ como alternativa complementar à saúde pública e suplementar.
“Entendemos que o setor de saúde precisa explorar novos caminhos de acesso, e o modelo do AmorCirurgias é um desses caminhos. Representa uma solução mais ágil, segura e econômica, tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde como um todo”, reforça Vilar. O case apresentado durante o simpósio também mostra que o AmorSaúde vem estruturando sua operação cirúrgica com base em dados, tecnologia e parcerias estratégicas para escalar o modelo com qualidade e previsibilidade.
