sexta-feira, junho 27, 2025
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BNDES aprova R$ 220 mi à farmacêutica Blanver para produção de medicamentos e IFAs

Serão desenvolvidos no Brasil novos genéricos para o tratamento de diferentes tipos de câncer e diabetes, e melhorias em medicamentos para pacientes do vírus HIV

por Redação
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 220 milhões para apoiar o plano de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) da Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A. Com unidades localizadas em Taboão da Serra e Indaiatuba, no estado de São Paulo, a empresa atua na fabricação de medicamentos e de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) para uso humano.

O apoio financeiro permitirá à Blanver desenvolver um conjunto de 19 novos medicamentos voltados à saúde humana. Deste grupo, um é inovação radical; três são inovações incrementais; 12 são os primeiros genéricos da categoria; e três são medicamentos de interesse do Ministério da Saúde. Do total de projetos, 15 incluem também o desenvolvimento dos respectivos IFAs. Entre os novos medicamentos, sete serão para tratamentos oncológicos e três para HIV/aids.

“A indústria farmacêutica é um dos pilares da política industrial do governo do presidente Lula. Durante a pandemia da Covid, ficou evidente a importância de o Brasil ter um setor forte e inovador, reduzindo nossa dependência de fornecimento externo. Além da oferta de novos medicamentos para doenças como HIV e câncer, esse projeto tem outro ganho estratégico: permitir o aumento da produção local de IFAs, em especial para medicamentos críticos e de uso contínuo. É uma contribuição fundamental para garantir a autonomia das farmacêuticas brasileiras e do próprio SUS. Atualmente, apenas 5% dos insumos utilizados na indústria farmacêutica são produzidos no Brasil, número que já foi de 50% há cerca de 30 anos”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Vamos fortalecer o nosso DNA produtivo e trazer inovações ao mercado. São medicamentos e insumos importantes para a saúde da população contra doenças graves e de alta incidência. O apoio do BNDES será essencial para o crescimento da companhia no Brasil e o fortalecimento do protagonismo nacional no setor”, afirma Sérgio Frangioni, CEO da Blanver. Ele ressalta que a empresa sempre acreditou na política de transferência de tecnologia por meio das PDPs, bem como o compromisso com a política do CEIS (Complexo Econômico e Industrial da Saúde).

Estão previstas duas novas associações e uma nova concentração. No caso das novas associações, o intuito é disponibilizar as moléculas comumente prescritas de forma associada em um único comprimido. A nova concentração permitirá a redução pela metade do número de comprimidos a serem utilizados diariamente no tratamento com este medicamento.

Na medida em que os pacientes infectados pelo HIV fazem uso diário de muitos comprimidos, as combinações de medicamentos em um mesmo comprimido tendem a  ampliar a adesão ao tratamento e reduzir o risco de desenvolvimento de resistência do organismo aos medicamentos, que pode ocorrer quando há falha no atendimento à prescrição médica. Os novos medicamentos contribuem também para reduzir o custo logístico do SUS, uma vez que reduzem o volume de comprimidos transportados, estocados e dispensados aos pacientes.

Novos genéricos para câncer e diabetes – Este projeto de P&D da Blanver também prevê a produção de 12 medicamentos genéricos novos no Brasil. Dentre esses, destacam-se sete para tratamento de diversos tipos de câncer e um para tratamento de diabetes tipo 2.

Merece destaque o fato de que a Blanver fará a internalização da produção do IFA da maior parte dos medicamentos desenvolvidos nesse projeto.

Nas últimas três décadas, a taxa de produção própria de IFAs no Brasil caiu de 50% para apenas 5%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). Hoje, 95% dos IFAs utilizados na produção farmacêutica nacional é importada. A produção migrou para a Ásia, especialmente para países como Índia e China, por questões de escala e custo.

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