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Padrão atual dos intervalos de referência do hemograma é tema de pesquisa

por Erivelto Tadeu
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A importância da atualização dos intervalos de referência do hemograma é o foco da pesquisa “Estimação Indireta dos Intervalos de Referência do Plaquetograma pelo Algoritmo LabRI: utilização da técnica não supervisionada de machine learning baseada na deconvolução de misturas gaussiana”. Apesar do nome complexo, o estudo é claro e mostra como a atualização dos parâmetros de um dos exames complementares mais solicitados na prática médica vai surtir efeito na avaliação do estado fisiológico ou patológico dos pacientes.

Produzido por meio da aplicação do aprendizado de máquina, ciência de dados e linguagem R na medicina diagnóstica, o estudo avaliou a adequação dos intervalos de referência estabelecidos na literatura científica ao contexto social das pessoas que realizaram exames na empresa, o que considera fatores como dieta, estilo de vida, etnia, sexo, idade, variações diárias, sazonais e entre equipamentos.

Apresentado na 54ª edição do Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, o estudo é assinado pelos pesquisadores Alan Carvalho Dias, Kamila Fernanda Vieira Carrero, Luciene Tomiyama, Luciana Almeida Silva, Alessandra Lopes Barbosa e Graciella Ribeiro Martins, e detalha como as mudanças no atual modelo de hemograma adotado pelo laboratório podem impactar a produção de laudos.

No evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, estiveram reunidos em Florianópolis, os principais protagonistas da medicina laboratorial da América Latina, público que conferiu em detalhes a pesquisa por meio da apresentação do analista de eficiência operacional e cientista de dados do Sabin, Alan Dias. Na ocasião, o autor relatou a contribuição do documento para a comunidade científica e trouxe à tona um debate sobre os intervalos de referência nas análises clínicas.

O pesquisador observou a necessidade de os intervalos de referência atuais — baseados em populações norte-americanas e europeias e estabelecidos décadas atrás — passarem por uma atualização dos intervalos de referência e propõe uma nova forma de análise feita, com base nos fatores específicos.

“Nos dedicamos durante um ano a esta pesquisa e chegamos a um resultado amplo que apresentamos à comunidade médica. No congresso, tivemos a oportunidade de esclarecer como chegamos ao novo modelo de análise e porque ele permite melhor interpretação dos resultados”, explicou Dias.

Produzido em parceria com o Grupo Lab R — que reúne profissionais de saúde de diversas instituições e empresas para o desenvolvimento de aplicações de ciência de dados no setor de análises clínicas — o estudo foi submetido à expertise de especialistas da área de hematologia até chegar ao valor de referência mais real e representativo da população brasileira.

“Esse cuidado traz mais legitimidade ao exame. Essa evolução da medicina diagnóstica é sem dúvida mais um passo rumo a tratamentos mais assertivos e jornadas mais positivas dos nossos pacientes”, destacou Dias.

A pesquisa reflete os investimentos contínuos da empresa na atualização dos colaboradores e em pesquisas técnico-científicas direcionadas para o desenvolvimento de metodologias, programas e exames — hoje inseridos no amplo portfólio com mais de 7,4 mil exames e serviços. Além disso, é fruto do estímulo da empresa ao aperfeiçoamento dos seus talentos e motivação para a participação em estudos, artigos, painéis, apresentações em diversos congressos regionais, nacionais e mundiais.

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