quinta-feira, novembro 21, 2024
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Como analisar o retorno das iniciativas digitais das instituições de saúde?

por Colaboradores
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A adesão de novas tecnologias sempre esteve na agenda prioritária das instituições de saúde, no entanto, a irrupção da pandemia impulsionou este movimento de maneira ainda mais significativa. De acordo com um estudo realizado pela International Data Corporation, o investimento em tecnologias no setor de saúde, na América Latina, deve atingir US$ 1.931 milhões até 2022. Nesse sentido, o mercado de saúde digital vem se destacando justamente por oferecer uma série de benefícios que aprimoram a operação dos hospitais. Mas, como e por que analisar o retorno das iniciativas digitais nas instituições?

De acordo com CEO da FOLKS, Dr. Claudio Giulliano, o retorno sobre investimento (ROI) na área da saúde digital tornou-se um indicador fundamental. Segundo o especialista, métricas como o ROI, podem ajudar as instituições de saúde a obterem métodos efetivos para estimar e comprovar a importância de se investir na saúde digital.

No entanto, é necessário considerar que os hospitais contam com diferentes realidades, especialmente no Brasil. Por isso, é preciso analisar primeiramente, o modelo de negócio da instituição para então determinar se realmente a aplicação de determinadas tecnologias são válidas. Além do ROI, outras métricas como Payback e Net Present Value (Valor Presente Líquido) – que considera a taxa de atratividade, têm sido cada vez mais utilizadas no setor. No cálculo do ROI, por exemplo, incluir os ganhos financeiros com o projeto, as despesas e os custos são requisitos indispensáveis para garantir um resultado assertivo.

Por que vale a pena calcular o ROI?

Principalmente no caso de novos projetos, o ROI é um meio de justificar o recurso investido, uma vez que comprova a existência do retorno financeiro. Isto significa mensurar os resultados e analisar o impacto para garantir a priorização. Neste caso, é importante utilizar quadrantes para medir a priorização, impacto e retorno, tempo e custo. Este processo permite identificar os projetos de alto impacto, alto retorno e baixo tempo e custo. Calcular o ROI não é uma tarefa fácil, pois, muitas vezes, demanda uma avaliação de custos ocultos. Por essa dificuldade, muito frequentemente, as instituições de saúde costumam elencar os benefícios qualitativos.

Benefícios qualitativos das ferramentas digitais na área da saúde

Certamente a área da saúde digital conta com diversos benefícios que podem ser explorados qualitativamente. As ferramentas digitais aplicadas à área da saúde trazem segurança ao paciente e qualidade assistencial, além de oferecer ao hospital maior eficiência operacional e redução de custo.

Ainda com relação às vantagens qualitativas, pode ser que, com a implementação de um novo projeto, ocorra uma melhoria clínica que se reverta, no futuro, em aprimoramento operacional, gerando retorno financeiro. Desta forma, é possível otimizar, por exemplo, a assertividade de um diagnóstico, evitar um evento adverso ou, até mesmo, reduzir o tempo médio de permanência do paciente no hospital, fatores que impactam diretamente o financeiro, uma vez que resultam em economia de diárias e aumento do giro de leito na instituição.

Os modelos de cálculo de retorno sobre o investimento buscam simplificar uma realidade complexa, já que o cenário de saúde e de medição de impacto de soluções digitais são bastante desafiadores. Alguns exemplos de medidas operacionais importantes incluem a redução do tempo de desfecho, da quantidade de erros ao longo da jornada de cuidado do paciente, além do aumento da segurança do paciente.

Vale ressaltar que no segmento da saúde todo o ecossistema está interligado, por isso, é essencial determinar o retorno em áreas críticas como clínica, operacional e financeira. O investimento em saúde digital não apenas promove um controle sobre todos esses aspectos, como garante ganhos significativos inclusive aos pacientes, que, ao final, são o objeto de preocupação prioritário de qualquer instituição de saúde.

Natália Cabrini, diretora de Estratégia de Mercado e Vendas da Wolters Kluwer para a América Latina.

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