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Com a crescente digitalização das operações de saúde, hospitais e clínicas estão cada vez mais dependentes de sistemas e plataformas digitais para gerenciar dados médicos e prestar atendimento. Esse cenário eleva a segurança digital a uma prioridade central, diante das crescentes ameaças cibernéticas no setor.
Segundo o terceiro Relatório Anual do Instituto Ponemon, 92% das organizações de saúde dos EUA sofreram pelo menos um ataque cibernético nos últimos 12 meses. Esse dado sublinha a urgência de investimentos em segurança digital e estratégias robustas de proteção, sobretudo em um segmento que lida com informações sensíveis sobre pacientes e tratamentos médicos.
A questão não se restringe aos Estados Unidos; é um problema global. Recentemente, a ONU destacou o aumento significativo de ataques cibernéticos a hospitais, alertando que, além de comprometer a privacidade dos dados, esses incidentes podem representar uma questão de “vida ou morte”.
Em uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU, convocada pelos EUA, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou essa gravidade, afirmando que ataques contra hospitais ameaçam diretamente a vida dos pacientes. Com a paralisação de sistemas essenciais e interrupções em atendimento críticos, o alerta ressalta a urgência de medidas preventivas no setor da saúde.
Embora medidas como criptografia de dados e autenticação multifator sejam essenciais, elas não são suficientes para lidar com a imprevisibilidade e o impacto potencial dos ataques. O setor de saúde deve investir em soluções que garantam não só a proteção, mas também a rápida recuperação dos dados em caso de incidentes.
Protegendo a saúde com cibersegurança
A digitalização e a interconexão dos sistemas de saúde ampliam a vulnerabilidade a ataques, que podem comprometer desde registros eletrônicos até equipamentos médicos conectados. Esse cenário demanda que as instituições priorizem recursos e atenção à segurança digital, essencial para proteger os dados e manter a continuidade dos serviços.
Para mitigar esses riscos, é fundamental que os hospitais e clínicas adotem uma postura proativa, com monitoramento em tempo real e sistemas de backup robustos, garantindo tanto a proteção contínua quanto uma resposta rápida e eficaz.
Construindo camadas de proteção
Em um setor – que, diante do seu processo de digitalização, se torna também mais vulnerável a ataques cibernéticos – como o da saúde, o backup de dados emerge como uma linha de defesa crucial. Funcionando como uma camada extra de proteção, ele assegura a restauração das informações em caso de invasões ou falhas, garantindo que o atendimento ao cliente prossiga sem interrupções significativas.
A prática de manter backups regulares e seguros não só preserva a integridade dos dados, mas também fortalece a continuidade do atendimento em situações emergenciais, protegendo a reputação das instituições.
Segundo um estudo da Gartner, as duas áreas que devem experimentar as maiores taxas de crescimento em 2024 são a privacidade de dados e a segurança em nuvem, com cada segmento previsto para crescer mais de 24% até o fim do ano. Essa tendência destaca a necessidade urgente de investimentos em soluções robustas que garantam a proteção de dados sensíveis e a operação ininterrupta dos serviços essenciais.
O backup se torna ainda mais eficaz quando integrado a uma estratégia de segurança digital em múltiplas camadas. É essencial implementar recursos adicionais, como análise de padrões de comportamento, detecção proativa de ameaças e resposta automatizada a incidentes.
Cada uma dessas camadas contribui para a proteção do sistema coordenada para identificar rapidamente as ameaças. Assim, elevando o nível de defesa digital e diminuindo significativamente o risco de um ataque bem-sucedido e seus impactos.
Adotar um modelo de segurança multicamadas no setor de saúde é, por isso, um passo estratégico para proteger dados sensíveis e manter a operação dos serviços. Essa combinação entre backup e outras camadas de segurança reforça a confiança dos pacientes e assegura que as instituições estejam preparadas para enfrentar os desafios do cenário digital atual.
Conquistando a confiança dos pacientes através de segurança digital
Em 2024, o custo médio global de uma violação de dados é de 4,88 milhões de dólares, segundo a Gartner. Por isso, empresas que começam a investir cada vez mais em soluções contra os cibernéticos estão mais preparadas para lidarem com esses desafios digitais.
No entanto, a proteção dos dados de saúde vai além de um problema econômico e uma necessidade operacional; ela representa uma questão ética e de confiança. Afinal, os pacientes precisam acreditar que suas informações estão seguras para, assim, compartilharem informações importantes e relevantes para seus cuidados, criando um ciclo de benefício mútuo.
A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos aumenta ainda mais a vulnerabilidade das instituições de saúde. Esses ataques não apenas ameaçam a integridade dos dados dos pacientes, mas também têm o potencial de interromper procedimentos críticos e até colocar vidas em risco.
Essa perspectiva reforça a importância de as instituições de saúde adotarem medidas mais robustas e preventivas, assegurando não só a continuidade dos atendimentos, mas também a confiança dos pacientes e suas famílias de incertezas digitais.
Em suma, em tempos de ameaças constantes, adotar soluções de segurança cibernética é o investimento que garante eficiência operacional e ainda mune a confiança dos pacientes. Para isso, ferramentas de backup, além do uso de firewalls e demais soluções de proteção de dados, são a chave para destacar o compromisso das instituições de saúde com a privacidade e o bem-estar.
Rosângela Vitor, Head de Saúde da Fibrion.