Ganhando cada vez mais espaço entre os tratamentos da medicina preventiva, os testes genéticos funcionam como um painel onde é possível avaliar não só diversos tipos de doenças, mas também algumas características pessoais, como, por exemplo, como o indivíduo responde ao exercício e a dieta. O gene, segmento de uma molécula de DNA, carrega características herdadas geneticamente, sejam características físicas como a cor dos olhos ou algum tipo de propensão genética para alguma enfermidade. Por meio deles, não é possível prever com precisão o risco de desenvolver uma determinada doença, mas, sim, o aumento na probabilidade em relação à população normal.
Dr. Thiago Volpi, nutrólogo, idealizador do Espaço Volpi, um dos mais conceituados de São Paulo, que possui tratamento de nutrologia e de dermatologia no mesmo ambiente, utiliza os testes em seu espaço, onde pratica uma medicina de precisão. Por meio desses resultados, Volpi consegue avaliar quais doenças o paciente está mais propenso a desenvolver e, a partir daí, montar um plano de prevenção para diminuir, ao máximo, o risco dele desenvolver determinada doença.
Os resultados dos testes genéticos podem mudar completamente as decisões médicas. “Se eu tenho um paciente que tem um gene relacionado ao risco de ter infarto e ele tem um exame de Colesterol LDL abaixo de 102 – que seria considerado normal para uma pessoa sem precedentes -, por saber que ele tem esse gene que aumenta o risco, prescrevo um medicamento especializado para manter os níveis dele abaixo de 70 e, assim, diminuir o risco cardíaco dele”, explica Volpi.
Entre as opções disponíveis no mercado, pode-se encontrar o teste genético preditivo, conhecido como o que pode predizer as chances de desenvolver determinadas doenças. “Existe, por exemplo, um gene chamado Apoe que, quando aparece uma alteração nele, chamada Apoe 4, significa que aumenta de três a quatro vezes o risco de alzheimer, o que não significa que a pessoa terá a doença, mas, com isso, podemos preveni-la de algumas maneiras”, comenta Volpi. “Agora, em um teste diagnóstico, existem algumas doenças que, se você tiver um gene alterado, você com certeza terá aquela doença e não tem nada que possa fazer para alterar isso”, ressalta.
O especialista ainda acrescenta sobre os benefícios da realização dos testes para conhecimento próprio e, até mesmo, para tratamentos médicos. “No meu exame genético, por exemplo, foi apontado esse gene Apoe 4. No entanto, estudos mostram que fazer sauna seca de quatro a cinco vezes por semana pode diminuir em até 66% as chances de ter Alzheimer, ou seja, a partir do momento em que descobri que tenho uma chance maior de ter a doença, eu passei a preveni-la”, completa Volpi.
Por fim, o médico ressalta que os testes genéticos podem ser grandes aliados para prevenção e até cuidado de doenças, no entanto, em alguns casos, o prognóstico pode trazer sintomas de ansiedade ao paciente. “A realização do teste precisa ser feita com cautela e acompanhada por profissional adequado para explicar os resultados e acompanhar o paciente, para que as possíveis alterações descritas no exame não prejudiquem a vida e a saúde mental dele”, finaliza Dr. Thiago Volpi.