Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC é a terceira maior causa de morte em adultos no mundo e a primeira no Brasil. Sua incidência aumenta após os 65 anos, tornando os idosos parte do principal grupo de risco.
A Dra. Mara Cristina Santos Melo, Diretora Clínica e Fisioterapeuta do Instituto Avencer, analisa que a prevenção do AVC em idosos envolve o controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, e possíveis quedas. “É importante manter uma rotina de atividades físicas, acompanhamento médico regular e alimentação balanceada. A saúde cardiovascular está diretamente ligada à prevenção do AVC”, afirma a fisioterapeuta.
Existem 2 tipos de AVC: isquêmico quando há obstrução dos vasos causados por um coágulo, que impede a passagem de sangue; e hemorrágico, neste caso há uma hemorragia (ruptura do vaso) e, por consequência, sangramento interno na região. A lesão causada no cérebro por um desses eventos pode deixar sequelas físicas e cognitivas graves, que irão demandar um processo reabilitativo prolongado.
É importante ficar atento aos sinais de AVC em idosos, já que perceber o mais precoce possível é crucial para a prevenção do surgimento e do agravamento das sequelas, e consequentemente no processo de recuperação. Por isso, prestar atenção caso apresente algum dos sintomas como fraqueza e/ou dormência nos membros; dificuldade de falar e articular um lado do rosto; alterações na visão; confusão mental e alterações de comportamento, podendo ou não estar associados a dor de cabeça súbita. Na presença desses sinais, encaminhá-lo ao Pronto Atendimento o mais breve possível, reforçando a suspeita sobre o AVC.
Mas há maneiras de prevenir o problema. Especialistas e médicos da Clínica da Cidade – pioneira em medicina acessível – reforçam a importância de consultas frequentes e check-ups para monitorar a saúde geral dos pacientes. “Com o avanço da idade, o corpo passa por mudanças naturais que podem aumentar o risco de doenças crônicas, como cardiovasculares, diabetes e osteoporose. Manter uma rotina de acompanhamento médico é essencial para prevenir complicações e realizar o tratamento adequado, garantindo qualidade de vida na terceira idade”, enfatiza Flávia Araújo Falcão, médica da Clínica da Cidade.
Além disso, o sono também desempenha um papel fundamental na saúde cardiovascular, e sua qualidade pode influenciar diretamente o risco de um AVC. “A apneia do sono é caracterizada por interrupções respiratórias que levam a quedas cíclicas do oxigênio, podendo causar uma série de complicações cardiovasculares, como hipertensão arterial, arritmia cardíaca e risco maior de AVC. O diagnóstico e tratamento são essenciais, especialmente para a população idosa”, reforça Geraldo Lorenzi, diretor médico da Biologix, healthtech especializada em medicina do sono.