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Dia Mundial do Câncer: testes genéticos devem ser cobertos pelos planos de saúde para identificar propensão à doença

por Redação
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Celebrado em 4 de fevereiro, o Dia Mundial de Combate ao Câncer visa conscientizar sobre os casos crescentes da doença e as medidas que podem ser adotadas como meio de prevenção. De acordo com a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), entre 30 e 50% dos casos de câncer poderiam ser evitados a partir de medidas simples de controle, detecção e tratamentos precoces. Nesse sentido, os testes genéticos têm demonstrado especial importância e devem ser cobertos pelos planos de saúde em casos específicos, conforme aponta Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN.

“Os testes genéticos, também denominados como sequenciamento de nova geração (NGS), estão no rol de procedimentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, para pacientes com histórico familiar de câncer de mama. Por meio deles é possível identificar mutações nos principais genes (BRCA1 e BRCA2), atrelados ao surgimento de tumores como os de mama, ovário e próstata. Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para contornar ou combater a presença dos tumores”, explica o executivo.

Munford salienta, ainda, uma nova diretriz internacional, que pode ampliar ainda mais o acesso às soluções de testagem. Publicada neste mês de janeiro na revista especializada Journal of Clinical Oncology, o estudo realizado por um grupo de oncologistas, recomenda a realização dos testes genéticos a mulheres com 65 anos ou menos, que tiveram um diagnóstico recente de câncer de mama.

“Nesses casos, os exames permitem definir a melhor conduta de tratamento, a necessidade de cirurgias e avaliar a possibilidade de recidivas para os tumores malignos. Essa é uma medida de controle e prevenção extremamente importante, uma vez que essas mutações genéticas podem aumentar em mais de 80% o risco para o câncer mamário. Ter em mãos esse diagnóstico preditivo, pode ajudar a salvar milhares de vidas todos os anos. Esperamos que essa recomendação seja avaliada pelos órgãos de saúde brasileiros”, complementa o executivo da QIAGEN.

Testes genéticos para rastreio de metástases

O acompanhamento e controle das metástases, ou surgimento de novos tumores, pode também ser realizado por meio dos testes genéticos. Nesse sentido, a tecnologia aplicada a diagnósticos moleculares tem permitido identificar mutações como as do gene EGFR, associado aos casos de câncer de pulmão. Uma vez detectada a alteração genética, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença.

“A disponibilidade dos testes genéticos para o controle desses casos de câncer foi discutida recentemente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e tem grande chance de estar acessível a toda a população, em breve. O Sistema Único de Saúde oferece os medicamentos para esse tipo de tratamento desde 2015, no entanto, somente com a realização do exame esses pacientes podem ser direcionados. Cabe destacar que quanto aos pacientes cobertos pelos planos de saúde, a realização do teste está entre os procedimentos obrigatórios determinados pela ANS”, complementa Munford.

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