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Ômicron: especialista em tecnologia destaca importância da nuvem para desenvolvimento de vacinas

por Redação
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A variante Omicron deve iniciar uma nova corrida para o desenvolvimento de vacinas, caso os imunizantes já existentes não tenham eficácia e efetividade comprovadas contra a nova variante da Covid-19. Para isso, os fabricantes já podem contar com uma tecnologia que auxiliou e dinamizou a criação das primeiras vacinas: o cloud computing..

Para o especialista em tecnologia, o CEO da dataRain, Wagner Andrade, a nuvem foi fundamental para trazer velocidade às pesquisas e assim garantir o desenvolvimento rápido das vacinas contra a Covid-19. “Trata-se de um processo de pesquisa compartilhada a nível global, envolvendo diversos institutos, indústria farmacêutica, universidades e centros governamentais, que se uniram para desenvolvê-las. E toda base de conhecimento foi compartilhada na nuvem com esses colaboradores”, comenta

A gigante farmacêutica AstraZenca e a Universidade de Oxford foram vanguardistas no uso da nuvem e, com isso, saíram na frente. As primeiras 100 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca foram administradas no início de janeiro de 2021 no Reino Unido. Naquele momento, a mídia já voltava suas atenções à rapidez com a qual a vacina foi desenvolvida.

A Amazon Web Services (AWS) foi uma das plataformas de provedores de nuvem pública escolhidas para realizar este trabalho. A solução foi fundamental para vencer o desafio principal: a falta de tempo, pois, a partir desta tecnologia foi possível o compartilhamento de resultados de testes em massa ao redor do mundo inteiro.

“Antes da Covid-19, os anticorpos eram testados em um pequeno subconjunto da população e aumentavam gradualmente ao longo de um período de 12 a 24 meses. No entanto, com tempo limitado, a AstraZeneca precisava coletar dados de eventos adversos de 2 bilhões de doses sendo administradas, ao mesmo tempo, em todo o mundo.  Desta forma, a farmacêutica pode executar análises em escala e obter os dados disponíveis em tempo recorde”, ressaltou Andrade.

A nuvem dá a capacidade de realização de mais de 51 bilhões de testes estatísticos em menos de 24 horas. Com estes resultados, é possível estudar os efeitos de mutações ou genes individuais, caso a caso e com uma ampla gama de fenótipos.

Ainda por meio da nuvem, a AstraZeneca produziu um pipeline de bioinformática genômica, o que dá aos seus cientistas tempo e recursos para que possam buscar inovação. Como resultado, o Center for Genomics Research da empresa está avançando em sua meta de analisar dois milhões de genomas até 2026.

Para Andrade, a nuvem pode proporcionar ainda mais benefícios para a saúde. Além de agilizar o desenvolvimento de vacinas, pode contribuir com a aceleração da implantação da telemedicina e gerar uma integração de dados, chamada interoperabilidade na saúde, organizando informações para ajudar na tomada de decisão sobre tratamentos, bem como o desenvolvimento de novos medicamentos, nos casos de pesquisas científicas.

“Muitas das mudanças que vieram por conta da pandemia vão perdurar. Ocorreram várias descobertas, entre elas a questão das organizações de saúde, que perceberam que a telemedicina é uma forma segura de fazer o acompanhamento da evolução clínica e a interoperabilidade que significa que, ao passar por consultas com médicos de diferentes especialidades, o paciente terá seus dados prontamente disponíveis em toda a rede envolvida. Tudo isso garante atendimentos mais ágeis e eficientes”, complementa.

A dataRain, empresa brasileira 100% orientada à computação em nuvem, é um dos mais importantes parceiros na área de Saúde da Amazon Web Services (AWS) no Brasil. Com expertise de quase quatro anos no mercado, a consultoria já soma projetos relevantes de telemedicina e interoperabilidade, em organizações como o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospitais Sancta Maggiore, Hospital Santa Marcelina, Hospital Santa Cruz, Laboratórios Sabin e a Secretaria de Saúde de São Paulo.

Atualmente, a dataRain está envolvida em projetos de Infraestrutura de Nuvem suportando os principais sistemas de missão crítica de hospitais, clínicas e laboratórios, com soluções de Big Data para sequenciamento genômico, pesquisas, processamento e armazenamento em nuvem de imagens médicas digitais, entre outras soluções. O segmento é responsável por mais de 50% do faturamento da companhia, filiada a entidades como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e na Associação Brasileira de CIOs de Saúde (ABCIS).

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