O avanço tecnológico tem permitido a adoção de ferramentas para monitorar a saúde das pessoas idosas a partir da inteligência artificial (IA). A chamada IA pode ser usada na detecção de riscos, na assistência à mobilidade, em lembretes para medicamentos, no combate à solidão e ao isolamento social e na detecção da ansiedade e da depressão.
O tema foi debatido em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada nesta terça-feira (5).
Lígia Iasmine Gualberto, que coordena ações sobre o tema no Ministério da Saúde, afirmou que a internet surgiu como uma oportunidade para ampliar o cuidado, como o acesso à telessaúde. A pandemia também acelerou a transformação digital entre as pessoas idosas, que passaram a usar mais os celulares e computadores.
“Como potenciais benefícios, a inteligência artificial e também as tecnologias de um modo geral têm como auxiliar a qualidade de vida e o bem-estar, otimizar o acesso a procedimentos e a ações específicas”, disse.
No entanto, a especialista alertou para barreiras que ainda precisam ser superadas. “É essencial que a gente possa garantir fontes seguras, informações fidedignas, informações corretas, baseadas em evidências científicas que respeitem a ciência”. afirmou.
Para ela, a IA pode incentivar a socialização e a estimulação cognitiva, mas é importante também cuidar de alguns potenciais riscos, como a dependência da tecnologia, o isolamento social, os riscos de invasão de privacidade e barreiras tecnológicas.
Segundo Lígia Gualberto, o Ministério da Saúde tem aproveitado os avanços da tecnologia para expandir a Rede Nacional de Dados em Saúde, com informações relacionadas a vacinas, exames e medicamentos; conectar sistemas de prontuário eletrônico e ampliar o acesso à telessaúde, entre outras ações. Com informações da Agência Câmara.