Acesso à saúde de qualidade e convênio médico são preocupações constantes nos lares brasileiros, sobretudo no pós-pandemia. Um levantamento encomendado pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) em 2021, aponta que 80% dos brasileiros se sentem apreensivos quanto ao tema.
Isso reflete na busca por empregos que ofereçam melhores benefícios aos seus colaboradores, sendo o plano de saúde a principal prioridade em qualquer portfólio de benefícios ofertados e os empregadores estão atentos a esse movimento.
O “Relatório Anual de Tendências de RH” da Deloitte aponta que as empresas brasileiras estão prezando pela aprimoração de seus benefícios para atrair e reter talentos. Porém, o custo dos planos de saúde é a maior dificuldade a ser solucionada.
Neste artigo, exploraremos os desafios de balancear um bom pacote de benefícios empresariais e os custos que isso gera às empresas, e como fomentar a sustentabilidade desse sistema.
Saúde e satisfação dos colaboradores
A satisfação dos funcionários é um fator crítico para o sucesso de qualquer empresa, sendo que cada vez mais os brasileiros consideram o bem-estar como prioridade ao procurar novos empregos.
Nesse sentido, benefícios corporativos não apenas melhoram a saúde e a qualidade de vida dos colaboradores, mas também têm um impacto positivo na produtividade, no engajamento e na satisfação no trabalho. Além disso, causam impacto na taxa de retenção de talentos e ajudam a reduzir custos de recrutamento e treinamento, contribuindo para a estabilidade e o sucesso a longo prazo das empresas.
Alta dos planos de saúde
O plano de saúde é um dos principais desejos do brasileiro e, apesar de ser importante na balança de benefícios corporativos, muitas vezes o alto custo influencia de forma negativa. Os benefícios em saúde e bem-estar geralmente são responsáveis pela segunda maior despesa das empresas depois da folha de pagamento.
Antes da pandemia de Covid-19, esses custos ocupavam as principais preocupações no planejamento dos pacotes de benefícios oferecidos pelas corporações. Durante a pandemia, houve uma certa suspensão na utilização dos planos e um respiro financeiro aos empregadores.
Contudo, o problema voltou ao centro das preocupações das empresas, principalmente com o grande aumento nos reajustes anuais dos convênios, levando em conta a inflação e a sinistralidade.
A solução para contornar esse cenário é desenhar um plano de sustentabilidade financeira desses contratos, possibilitando a manutenção da oferta do plano de saúde e demais benefícios ao colaborador.
Sustentabilidade dos benefícios em saúde
Nem sempre as empresas têm essa percepção, mas é essencial ter uma gestão profissional com ferramentas, práticas, e um time técnico de uma organização especializada para criar um modelo sustentável desses benefícios e ampliar a retenção e a satisfação dos colaboradores.
Parte desse processo implica na criação de uma base sólida que resista a cenários potenciais, como: o aumento de preços, uma demanda crescente e alta sinistralidade – índice aplicado aos planos de saúde que mensura a relação entre o custo para um procedimento e o valor pago pela empresa. Por isso, é crucial que esses negócios contem com o olhar profissional de uma empresa especialista em ferramentas e soluções
Garantir a saúde e satisfação dos colaboradores de uma organização sem deixar de considerar as questões financeiras é o principal desafio. Além do custo, é inteligente também levar em consideração a experiência dos funcionários ao oferecer benefícios.
Também é crucial adotar a perspectiva de diversidade e inclusão para criar benefícios que sejam mais abrangentes e relevantes, atendendo às diversas necessidades, além de assegurar que os funcionários tenham mais opções de escolha.
Para as companhias, embora seja desafiador, investir na sustentabilidade dos pacotes de benefícios empresariais e garantir que proporcionem o valor máximo aos seus colaboradores é o futuro da saúde no trabalho.
Thiago Bom, Diretor Comercial de Benefícios da Propay.